Na manhã da última quinta-feira, 10 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a criação de autorizações para uso emergencial das vacinas no Brasil. Ou seja, mesmo que a fase 3 de estudos clínicos ainda não esteja concluída, elas serão utilizadas para imunizar a população. Acima de tudo, o uso emergencial é autorizado nos casos em que esperar pelos resultados dos testes pode trazer mais malefícios do que alguma possível contra indicação que venha a ser descoberta. Nesse caso, deixar de aplicar os imunizantes na população pode levar a um número ainda maior de mortes. Atualmente, o Brasil já se aproxima da marca de 180 mil mortes em decorrência do vírus.
Dessa forma, a Anvisa está pronta para receber os pedidos por parte das farmacêuticas solicitando a autorização das vacinas. Entretanto, somente serão aprovados os pedidos daquelas que cumprirem os requisitos e regras específicos exigidos pela agência. Atualmente, nenhuma vacina em fases de testes atendeu a esses requisitos. Igualmente, não foram registrados pedidos de autorização para uso emergencial ou registro de quaisquer vacinas até o momento.
Para que o uso emergencial seja autorizado, poderão ser imunizados apenas grupos previamente definidos. Além disso, o imunizante deverá estar na fase 3 de testes no Brasil. Dessa forma, as vacinas da AstraZeneca/Universidade de Oxford, Pfizer/BioNTech, Johnson & Johnson/Janssen e Coronavac/Sinovac cumprem esse requisito.
Contudo, mesmo as vacinas autorizadas para uso emergencial poderão ter essa autorização alterada ou cancelada, caso os estudos apresentem riscos à população.
Governadores pedem pelo uso emergencial da vacina
Recentemente, o Fórum Nacional dos Governadores e do Consórcio do Nordeste pediu a Anvisa a aprovação da vacina da Pfizer no Brasil. A decisão seria baseada nas agências internacionais, que autorizaram seu uso emergencial. Além dela, a CoronaVac também já está sendo aplicada em outros países, como a Turquia, que deu início a vacinação da população.