A Agência Coreana de Controle e Prevenção de Doenças (KDCA) realizou um estudo para medir a eficácia das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca após a aplicação da primeira dose dos imunizantes na prevenção de infecções de pessoas com mais de 60 anos, chegando ao resultado de 86,6% de eficácia.
Enquanto a vacina da Pfizer/BioNtech atingiu eficácia de 89,7% na prevenção da infecção pelo novo coronavírus após ao menos duas semanas da aplicação da primeira dose, a vacina de Oxford/AstraZeneca foi 86% eficaz.
O estudo analisou mais de 3,5 milhões de idosos com mais de 60 anos na Coreia do Sul, incluindo 521.133 pessoas que receberam a primeira dose de Pfizer ou AstraZeneca. No total, foram registradas 1.237 infecções no grupo estudado, sendo que apenas 29 pertenciam ao grupo vacinado, segundo a KDCA.
“Está demonstrado que ambas as vacinas fornecem uma alta proteção contra a doença após a primeira dose. (As pessoas) devem se vacinar de acordo com o cronograma recomendado, pois a taxa de proteção aumentará ainda mais após uma segunda dose”, disse a agência.
Vacinação contra Covid-19 está lenta na Coreia do Sul
A publicação do estudo acontece no momento em que a Coreia do Sul tenta alavancar a campanha de imunização contra Covid-19, após relatos sobre possíveis problemas de segurança envolvendo os imunizantes desestimularam algumas pessoas a tomarem a vacina.
“Cerca de 95% das pessoas que morreram de coronavírus em nosso país eram idosos com 60 anos ou mais, e as vacinas reduzirão drasticamente os riscos para essas pessoas”, afirmou Yoon Tae-ho, funcionário do Ministério da Saúde da Coreia do Sul, em entrevista coletiva nesta quarta (5). Segundo ele, a possibilidade de efeitos colaterais, incluindo a coagulação do sangue, é “extremamente baixa”.
Desde o começo da pandemia de Covid-19, a Coreia do Sul registrou 1.847 mortes e 124.945 diagnósticos positivos, de acordo com dados da Universidade John Hopkins. Já em relação à vacinação, o país aplicou cerca de 3,83 milhões de doses — 286 mil pessoas receberam ambas as doses e estão totalmente imunizadas, o que equivale a 0,6% da população.