Nesta quarta-feira (26), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a vacinação contra Covid-19 precisa avançar e atingir crianças e adolescentes. O ministro também disse que a população deve voltar aos postos para receber a segunda dose e a dose de reforço.
“Mas eu queria destacar, é fundamental, seguirmos com a nossa campanha de vacinação. O Brasil hoje ele já distribuiu mais de 400 milhões de doses de vacina para a sua população e é fundamental que aumentemos a cobertura da 2ª dose. Ainda existem estados onde essa cobertura não é tão ampla como nos estados maiores do Brasil e é preciso avançar na cobertura da 2ª dose”, disse a jornalistas, em fala transmitida pela CNN Brasil.
Com a alta de casos provocada pela variante Ômicron, Queiroga recomenda a vacinação de crianças e adolescentes. “É preciso avançar com a dose de reforço e atingir também outros públicos que mesmo não sendo públicos assim não tão afetados pela pandemia, mas são importantes, como as nossas crianças e adolescentes”, afirmou o ministro.
A declaração de Queiroga chama atenção, pois vai na contramão das falas do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a vacinação infantil. Ao contrário do ministro, o mandatário é contra a imunização de crianças e afirmou que não vacinará a filha Laura, de 11 anos, além de dizer que ele mesmo não se vacinou.
Vacinação de crianças, adolescentes e adultos é a melhor forma de se proteger contra a Ômicron
Na avaliação de Queiroga, a procura pelas vacinas cresceu após a alta de casos provocada pela variante Ômicron. O ministro defende a vacinação como principal ferramenta para proteger a população contra a cepa mais transmissível do coronavírus.
Apesar da rápida alta no número de casos, Queiroga acredita que o Brasil deve superar a Ômicron “em um espaço curto de tempo”.
“A média do pico da Ômicron é de 40, 45 dias. Nossa aceleração com a Ômicron começou em meados de dezembro, então, vamos esperar com atenção, mantendo as medidas que são conhecidas pela população brasileira, não farmacológicas, acelerando a campanha de vacinação para que possamos superar num espaço curto de tempo essa onda da Ômicron e ter esperança de uma saída do cenário pandêmico”, explicou.