Segundo estudo publicado nesta terça-feira (5) na revista científica “The Lancet”, duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra Covid-19 protegem contra formas graves da doença por até 6 meses, seja qual for a variante do coronavírus que infectou o paciente.
O estudo foi realizado pela Pfizer em parceria com Kaiser Pemanente e analisou dados médicos de mais de 3,4 milhões de pessoas do sul do estado da Califórnia, nos EUA, entre 4 de dezembro e 8 de agosto.
Entre as descobertas do estudo está o fato de a eficácia da vacina da Pfizer diminuir com o passar do tempo. Se no mês seguinte à segunda dose a eficácia contra infecção é de 88%, ela cai para 44% depois de seis meses. No entanto, o imunizante mantém a proteção de 90% contra riscos de hospitalização por Covid-19 por ao menos seis meses.
Estudo confirma estimativas sobre a vacina da Pfizer
De acordo com a The Lancet, os dados do estudo confirmam as estimativas anteriores feitas pelo Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), principal agência federal de saúde pública dos EUA, e o Ministério de Saúde de Israel.
“Nosso estudo confirma que as vacinas são uma ferramenta central para controlar a epidemia, e são extremamente eficazes na prevenção de formas graves e hospitalizações, inclusive contra a delta e outras variantes preocupantes”, resumiu Sara Tartof, principal autora do estudo.
O vice-presidente e diretor médico da Pfizer, Luis Jodar, acrescenta que “uma análise específica das variantes mostra claramente que a vacina é eficaz contra todos os tipos”.
Tanto Israel quanto os Estados Unidos autorizaram a aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19. Enquanto nos EUA a dose de reforço foi autorizada apenas para maiores de 65 anos e grupos de risco, em Israel todos aqueles que tiverem mais de 12 anos estão aptos a receber a terceira dose, que será obrigatória para conseguir tirar o “passaporte da vacina” no país.