O segundo lote com vacinas da Pfizer contra Covid-19 está previsto para chegar hoje (5) ao Brasil. O voo com 629 mil doses do imunizante comprado pelo Ministério da Saúde deve aterrissar no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), às 19h55.
No total, contrato entre a Pfizer e o governo federal prevê a aquisição de 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica em parceria com o laboratório alemão BioNtech. O primeiro lote com 1 milhão de doses chegou ao Brasil na última quinta-feira (29).
A previsão é para que sejam entregues 13,5 milhões de doses até o final de junho. O imunizante deve ser aplicado em pessoas maiores de 16 anos e funciona com duas doses, como acontece com a CoronaVac e a vacina de Oxford/AstraZeneca já em uso no Brasil.
Como a vacina da Pfizer deve ser armazenada em temperaturas muito baixas, entre -25ºC e -15ºC, a distribuição das doses será feita apenas para as capitais. Nas geladeiras comuns presentes nos postos de vacinação, com temperatura entre 2ºC e 8ºC, o prazo de validade para aplicação é de cinco dias.
Brasil negocia mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer
Além das 100 milhões de doses já compradas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que “está na iminência” de assinar um contrato para aquisição de mais 100 milhões de doses do imunizante.
“Um contrato com a Pfizer já está na iminência de ser fechado, para 100 milhões de doses de vacina. Ou seja, o Brasil terá à disposição da sua sociedade 200 milhões de doses da vacina Pfizer”, disse o ministro. De acordo com Queiroga, o segundo contrato prevê 35 milhões de doses já para o mês de outubro.
Em entrevista à CNN na última quinta (29), o coordenador de testes da Pfizer no Brasil, Cristiano Zerbini, disse que não há motivo para se preocupar com a capacidade da Pfizer em cumprir o cronograma de entregas.
“Os europeus fizeram um acordo com a Pfizer de entrega de 1,8 bilhão de doses da vacina da Pfizer. Se a Pfizer assumiu esse compromisso de 1,8 bilhão de doses para a Europa, seguramente 100 milhões para o Brasil, que é um número bem inferior, claro que será dado, não tem dúvida”, afirmou o médico.