Acontecerá no próximo dia 10 de março o julgamento de Ivanhoé de Oliveira Lima, um ex-agente penitenciário acusado de ter decapitado sua namorada, a jovem Larissa Aurélia da Costa Silva, de 17 anos, e deixado a cabeça da vítima na casa da mãe dela em Rio Branco no Acre.
O caso acorreu em fevereiro de 2020 e o julgamento ocorrerá na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar. De acordo com a Justiça do Acre, o acusado será julgado por homicídio com a agravante pelo caso ter acontecido, segundo a denúncia, por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
Em entrevista ao portal “G1”, Mário Rosas, que é advogado do acusado, relembrou que o caso é de alta complexidade e teve uma grande repercussão na época em que foi registrado. Segundo ele, “o réu é confesso e a defesa trabalha na busca por uma pena justa e a retirada de qualificadoras tecnicamente indevidas”.
Além disso, afirma o advogado, o réu tem “perturbação mental comprovada”. Para o defensor, tal fato deve ser levado em consideração na avaliação dos jurados.
A morte da jovem
Larissa Aurélia da Costa Silva foi morta a facadas. Depois disso, o acusado decapitou a jovem e levou a cabeça da moça até a mãe dela. O acusado foi preso no mesmo dia depois de denúncias anônimas.
Na hora em que foi encontrado, ele estava tranquilo, bebendo cerveja com quatro pessoas em uma arquibancada de um campo de futebol. Apesar de ter confessado o crime, que ele inclusive fotografou, o ex-agente penitenciário nunca explicou o que teria o motivado a cometer o assassinato.
Segundo Ivanhoé, que entrou no serviço público em 2010 e foi demitido três anos depois por improbidade administrativa, a motivação será revelada apenas em juízo, ou seja, na próxima semana.
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