Mesmo após editar uma Medida Provisória (MP) que afrouxa as regras para obtenção de vacinas e insumos contra a covid-19, nesta quinta-feira (07) o presidente Jair Bolsonaro diz que menos da metade vão aderir a vacinação.
Ao encontrar seus apoiadores no Palácio do Planalto, o presidente fez uma pergunta aos presentes sobre quem irá se imunizar contra o vírus após a liberação da vacina. Segundo Bolsonaro, apenas três disseram que sim. Ele afirmou que havia 20 pessoas no local. Uma das apoiadoras chegou a dizer que preferia a morte a ter que tomar vacina. Em seguida o mandatário diz que é um erro aprovar uma vacina emergencial, pois a maioria não pretende se imunizar.
“Vacina sendo emergencial não tem segurança ainda. Ninguém pode obrigar ninguém a tomar algo que você não tem certeza das consequências. Alguém sabe quantos por cento da população vai tomar vacina? Pelo que sei, menos da metade vai tomar vacina. Essa pesquisa eu faço na praia, na rua e em todo lugar. Mas pra quem quiser vacinar, em janeiro vai ter. Deve chegar 2 milhões de doses em janeiro. O pessoal pode tomar sem problema algum”, disse Bolsonaro.
O próprio presidente admitiu que a pesquisa citada por ele é pessoal e que não tem base científica. O instituto Datafolha fez uma pesquisa e foi apurado que 73% da população tomaria a vacina.
Ainda na oportunidade, Jair Bolsonaro disse que as vacinas que devem ser obrigatórias no Brasil devem ter comprovação de eficácia e segurança. Em seguida criticou os laboratórios que querem delegar a culpa em caso de efeito colateral indesejado.
“Vacina emergencial tem laboratório produzindo. Esta na fase final de testes e tem gente morrendo. Eles dizem ‘vocês querem? Tem aqui, mas não podemos nos responsabilizar por efeitos colaterais’. Eles não se responsabilizam por efeito colateral”, alegou o presidente.
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