O esperado relatório final da CPI da Covid-19 já tem data para ser apresentado: próxima terça-feira (19). Algumas informações só serão reveladas na ocasião, diferentemente de outras, que já vieram à público, como a de que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello deve ter seu nome no documento final da comissão.
De acordo com informações publicadas pelo jornal “Folha de S.Paulo”, nesta sexta-feira (15), o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid-19, deve pedir no documento que o general responda por pelo menos sete crimes, todos cometidos durante a pandemia, que já matou mais de 600 mil brasileiros.
Segundo Renan Calheiros, Eduardo Pazuello foi um dos principais responsáveis pela má gestão brasileira durante a pandemia da Covid-19. Com isso, o general deverá ser acusado pelos seguintes crimes:
- Crime de epidemia com resultado de morte;
- Crime por incitação ao crime;
- Crime por emprego irregular de verba pública;
- Crime de prevaricação;
- Crime por comunicação falsa de crime;
- Crime por genocídio de indígenas;
- Crime contra a humanidade.
Não será só Pazuello
Além do ex-chefe da Saúde, outros nomes estarão na lista de acusados. Dentre eles o secretário-executivo de Pazuello na pasta, Elcio Franco. De acordo com as informações, ele, que hoje é assessor especial da Casa Civil, pode ser indiciado por pelo menos três crimes, sendo eles:
- Crime de epidemia com resultado de morte;
- Improbidade administrativa;
- Crime de prevaricação.
Mais nomes no relatório final
Outras pessoas envolvidas na gestão da pandemia também serão acusadas. A exemplo do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que chegou a comandar um grupo responsável pela gestão da crise da pandemia, quando ainda comandava a Casa Civil.
De acordo com a “Folha”, o relatório deve acusá-lo por prevaricação e também por ele ter participado de uma reunião em que foi colocado em pauta uma possível mudança na bula da cloroquina para incluir o tratamento de Covid-19.
Por fim, mais dois nomes, dentre vários, deverão constar na lista de denunciados. O primeiro é o do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, que deve ser indicado pelos crimes de advocacia administrativa e improbidade administrativa. O segundo é o nome da médica Nise Yamaguchi, que deverá ser indiciada pelo crime de epidemia culposa com resultado de morte.
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