Ucrânia passa a receber grandes quantidades de armas vindas da União Europeia

Depois de três dias apenas impondo sanções econômicas à Rússia, a União Europeia resolveu ajudar na guerra de uma outra forma: enviando armas para a Ucrânia. De acordo com informações divulgadas neste domingo (27) por autoridades europeias, foram inúmeros objetos letais encaminhados ao Exército ucraniano.

“Não quero carona, quero munição”, teria dito aos Estados Unidos o presidente da Ucrânia

Segundo uma reportagem da agência de notícias “Reuters”, a primeira remessa foi entregue no sábado (26) e uma outra deve ser deixada na Ucrânia ainda neste domingo. Ainda conforme a notícia, essas armas foram retiradas de reservas nacionais de países da União Europeia.

A Alemanha, por exemplo, entregou 1.400 lançadores de foguetes antitanques, 500 mísseis terra-ar Stinger e nove morteiros. A Bélgica colaborou com duas mil metralhadoras e a Holanda com 200 Stingers. Outros que também enviaram materiais foram Portugal e a República Tcheca, que enviaram fuzis, munições, metralhadoras, rifles de precisão, e equipamentos.

Ao todo, 17 países que fazem parte da União Europeia toparam ajudar. Eles atenderam um apelo que foi feito por Dmytro Kuleb, que é ministro das Relações Exteriores da Ucrânia. Como os países retiraram os armamentos de sua reserva própria, existe a expectativa de que um “Fundo Europeu para a Paz” seja utilizado para reembolsar os colaboradores.

Mais sanções contra a Rússia

Neste domingo, foi realizada uma reunião entre ministros das Relações Exteriores da União Europeia. No encontro, eles anunciaram novas sanções econômicas à Rússia, como o fechamento do espaço aéreo para todos os aviões russos, inclusive os jatos privados.

Não suficiente, a entidade também informou que vai banir da União Europeia a mídia do Kremlin, uma espécie de Palácio do Planalto da Rússia, e ainda impor medidas que visam acabar com a desinformação na Europa.

“A Sputinik [mídia estatal] e seus subsidiários não vão mais conseguir justificar a guerra de Putin”, disse Ursula Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia, completando ainda que as sanções irão se estender ao regime do presidente de Belarus, acusado de ter participado ativamente do ataque contra a Ucrânia.

Por fim, a sanção mais aguardada, que é o banimento de bancos importantes da Rússia do sistema Swift, um sistema que proporciona transações internacionais. Ao ser retirado do sistema, não tem como valores saírem ou entrarem da Rússia.

“O Banco Central russo terá suas transações paralisadas. É uma medida para impedir o Banco Central da Rússia de usar suas reservas em moedas internacionais e agir contra pessoas e entidades que facilitam a guerra na Ucrânia”, disse Ursula Von Der Leyen.

Leia também: Vencedor do Oscar está na Ucrânia para filmar documentário sobre a invasão russa

Alisson Ficher

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