O governo da Ucrânia afirmou que forças militares da Rússia bombardearam uma escola de arte que abrigava 400 pessoas na cidade ucraniana de Mariupol. De acordo com um comunicado, o caso aconteceu no final do domingo (20) e, até agora, ainda não há informações sobre o número de vítimas, mas sabe-se que o prédio ficou destruído e pessoas ficaram presas aos escombros.
Ucraniano diz ter reconhecido mulher e filhos, vítimas de bombardeio na Ucrânia, pela bagagem
Segundo o governo da Ucrânia, no local, haviam mulheres, crianças e idosos. Para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o ataque foi um crime de guerra. Ainda conforme ele, os ataques registrados na cidade de Mariupol “entrarão para história pelos crimes de guerra cometidos”.
Civis mortos na guerra
De acordo com números do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), até o último dia 18 de março, ao menos 847 civis haviam sido mortos na Ucrânia desde o início da guerra. Além de vítimas fatais, pelo menos 1.399 ficaram feridos por conta dos ataques.
Conforme o Alto Comissariado, grande parte das mortes aconteceram por conta de armas explosivas como:
- Bombardeios de artilharia pesada;
- Sistemas de lançamento múltiplo de foguetes;
- E mísseis e ataques aéreos.
Apesar desses números, informou a agência de notícias Reuters, este número de mortes pode ser muito maior, visto que, apesar de o ACNUDH possuir uma grande equipe de monitoramento no país, ainda não foi possível verificar todos os relatos de vítimas de inúmeras cidades ucranianas que foram gravemente atingidas.
Mísseis hipersônicos
No último sábado (19), a Rússia afirmou que usou, pela primeira vez, mísseis hipersônicos Kinzhal. De acordo com a agência estatal “Ria Novosti”, a arma foi usada para destruir um local de armazenamento de armas no Oeste ucraniano.
Esses mísseis, segundo a agência, podem atingir alvos a dois mil quilômetros de distância e atingem velocidade dez vezes maior que a do som e viajam a cerca de seis mil quilômetros por hora.
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