Um turista de 24 anos morreu após ser atingido por um tiro disparado por um amigo em Mongaguá, no litoral de São Paulo. De acordo com as informações, no começo, o acusado de ter disparado a arma negou à polícia qualquer tipo de envolvimento. No entanto, depois, ele confessou que havia atirado, acidentalmente, no motoboy Carlos Vinicius dos Santos.
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Segundo a Polícia Civil, a entidade investiga a participação de dois suspeitos no crime: um homem de 28 e 32 anos. Inicialmente, eles contaram para os agentes que o motoboy estacionou o carro em uma avenida na cidade quando foi abordado por dois criminosos, sendo que um efetuou um disparo de arma de fogo contra ele.
Além disso, os amigos relataram que foi acionado o socorro, mas devido a demora da chegada da ambulância, ambos colocaram o turista no carro. A caminho do hospital, eles encontraram uma viatura da Polícia Militar, que os escoltou até o Pronto Socorro Central, onde Carlos Vinicius não resistiu e morreu.
Mentira descoberta
A mentira começou a ser descoberta quando o caso foi encaminhado ao delegado Francisco Wenceslau, que contou com apoio de policiais civis da Delegacia Sede de Mongaguá. A Polícia Civil iniciou a investigação de latrocínio e descobriu que, na verdade, houve um homicídio.
De acordo com a Polícia Civil, foi realizado exames nas mãos dos dois rapazes que presenciaram o crime, bem como na vítima. Com as investigações, os policiais constataram que o local apontado pelos amigos do motoboy não foi onde o crime realmente ocorreu. Eles teriam alterado o local dos fatos, induzindo o perito ao erro.
Durante as entrevistas iniciais, o delegado suspeitou da versão dos amigos de Carlos, que entraram em contradição algumas vezes. Com base nos relatos, os policiais retornaram ao local do crime apontado pelos suspeitos e ouviram moradores da região.
Ao serem interrogados novamente, os suspeitos alteraram a versão apresentada no início. Sendo assim, os agentes descobriram que o amigo do turista, de 32 anos, foi o responsável pelo disparo que atingiu a vítima. Segundo os investigadores, ele confessou que realizou um único disparo, de forma acidental, em direção ao motoboy.
Os suspeitos afirmam que deram uma versão inicial diferente porque ficaram em “choque” depois do ocorrido. No entanto, a Polícia Civil prossegue com as investigações, pois suspeita que o tiro possa não ter sido acidental.
O delegado prendeu o autor do disparo em flagrante por homicídio, mas ele acabou sendo liberado pela justiça porque ele ajudou a socorrer o amigo. O outro rapaz responderá por fraude processual por ter mentido durante o depoimento.