Os eleitores não precisarão apresentar o passaporte de vacinação contra a Covid-19 para votar. A informação é do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que comentou nesta quinta-feira (20) a respeito das notícias falsas que circulam nesse sentido nas redes sociais.
Em nota, o ministro disse que o boato “simplesmente não tem qualquer fundamento”. Além disso, Barroso também ressaltou que, até o momento, membros do tribunal sequer se reuniram para definir o protocolo sanitário que será adotado nas eleições deste ano. De acordo com ele, no momento correto, “com a consultoria de especialistas, como foi feito em 2020, serão tomadas as medidas sanitárias que vierem a ser recomendadas”.
Em 2020, a eleição foi realizada em meio à pandemia e em uma época em que ainda não havia vacina contra a Covid-19. O protocolo da ocasião só foi divulgado em setembro, dois meses antes das votações.
Nesse sentido, Barroso ressalta que, assim que for estabelecido o procedimento para as eleições deste ano, as informações serão amplamente divulgadas. “Nas últimas eleições, para conter a disseminação da Covid-19, o TSE ouviu diversos médicos, cientistas e autoridades em saúde antes de adotar o protocolo para que os cidadãos pudessem exercer o direito ao voto e escolher prefeitos e vereadores nos 5.567 municípios brasileiros”, começou.
“Portanto, qualquer decisão para as eleições deste ano seguirá o mesmo roteiro com o devido embasamento científico e seguindo recomendações feitas por especialistas”, finalizou o presidente do TSE.
Covid-19 no Brasil
Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, na quarta-feira (19), o Brasil registrou um novo recorde de casos de Covid-19. Foram mais de 205 mil novas infecções pela doença em todo o País em apenas 24h, o maior número da pandemia.
Por conta deste aumento, que acontece por conta da chegada da variante Ômicron, o Brasil está em sinal de alerta e as autoridades cancelaram eventos grandes que seriam realizados neste ano, como o carnaval de rua.
Apesar disso, a ampla cobertura vacinal e os nove meses restantes até as eleições, afirma o Tribunal Superior Eleitoral, dão margem para o TSE avaliar os riscos que estarão presentes neste ano.
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