De acordo com o gerente de incidentes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Sylvain Aldighieri, a queda no número de casos e mortes por Covid-19 na América do Sul está relacionada ao ciclo sazonal do coronavírus, cujo pico de transmissão na região ocorreu no primeiro trimestre deste ano, e ao avanço da vacinação no continente.
O Brasil foi citado por Sylvain como um dos países onde a cobertura vacinal está “muito boa” e segue aumentando.
O movimento de queda na América do Sul vai na contramão do que acontece nas Américas como um todo, que puxada pela alta de casos nos EUA registrou aumento de 20% no número de novas infecções, segundo diretora Opas, Carissa Etienne.
Até o momento, mais de 30% da população da América Latina e Caribe foi totalmente vacinada contra a Covid-19. “Ainda que a cepa Delta (do coronavírus) tenha sido detectada em todos os países da América do Sul que falam espanhol ou português, em vários a variante Gamma segue predominante”, disse Aldighieri, que definiu o cenário como “complexo”.
Número de casos cresce na América do Norte e cai na do Sul
Em todas as América, incluído os países do Norte, Ettiene disse que houve 1,4 milhão de casos e 23,3 mil mortes por Covid-19 na última semana. Picos de transmissão nos EUA e no Canadá seriam os principais responsáveis pelos novos casos e óbitos.
“Os EUA estão notificando mais de 100 mil novas infecções diárias pela primeira vez desde janeiro e a capacidade hospitalar em muitos estados do sul continua preocupantemente baixa”, afirmou a diretora da Opas.
Questionado sobre a necessidade de novas vacinas para combater a variante Delta do novo coronavírus, o diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, afirmou que “não precisamos esperar novas vacinas”.
“As vacinas que têm permissão de uso emergencial da Organização Mundial da Saúde (OMS), com os dados que temos, são comprovadamente eficazes contra a variante delta”, acrescentou.