De acordo com o mais recente boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a transmissão do novo coronavírus segue em queda no Brasil. Os dados fazem referência a semana epidemiológica 41, que vai de 10 a 16 de outubro, e indicam que houve reduções diárias de 4,8% no número de casos e 3,6% nas mortes causadas pela doença.
Segundo o boletim da Fiocruz, a semana 41 registrou médias diárias de 10,2 mil casos confirmados e 330 óbitos. As taxas de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para adultos no SUS (Sistema Único de Saúde) manteve-se estável, com 25 estados e 23 capitais fora da zona de perigo e com a maioria abaixo de 50%.
No entanto, há exceções, como o estado do Espírito Santo, cuja taxa de ocupação de leitos de UTI subiu de 65% para 71%, e o Distrito Federal, que se encontra na zona de alerta crítico e teve queda de 89% para 80% na ocupação de leitos.
Vacinação contribui para queda da transmissão do coronavírus
Na avaliação da Fiocruz, a campanha de vacinação é o principal fato que contribui para a tendência de queda nos índices da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
“De agosto em diante, houve uma aceleração da vacinação, que permanece com tendência de alta. Os valores atuais de mortalidade se apresentam estáveis, em torno de 500 óbitos por dia, o que revela uma queda expressiva em relação ao pico observado em abril, quando foram notificados mais de 3 mil óbitos diários. Por outro lado, são valores ainda preocupantes, já que demonstram a permanência da transmissão e a incidência de casos graves que exigem cuidados intensivos, e podem gerar milhares de mortes nos próximos meses”, aponta o boletim.
O documento faz uma ressalva, dizendo que os números de casos e óbitos em decorrência da Covid-19 podem ser influenciados por falhas no fluxo de dados sobre a doença nos sistemas e-SUS e no Sivep-Gripe.
“Isso se reflete na divulgação de um número abaixo do esperado durante algumas semanas, seguida de um número excessivo de casos, como aconteceu nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina no final de setembro, e no Ceará e Distrito Federal no início de outubro”, informa o boletim.
Alguns estados estão tendo problemas com os sistemas de informação, o que pode gerar interpretações equivocadas dos dados colhidos e comprometer a tomada de decisões por parte das autoridades e da população.