Nesta sexta-feira (18), o coordenador do Comitê Científico de São Paulo, João Gabbardo, afirmou que o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras contra Covid-19 em ambientes abertos e fechados no estado não é um “liberou geral”.
Após decreto assinado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desde ontem o equipamento de proteção é opcional em escritórios, salas de aula, academias e comércios, entre outros. No entanto, as máscaras seguem obrigatórias em unidades de saúde e no transporte público.
“Pessoas com doenças crônicas podem e devem continuar usando as máscaras, quem apresentar sintoma de gripe também”, alertou Gabbardo, em entrevista à CNN Brasil.
“Não dá para dizer que a retirada da obrigatoriedade é um ‘liberou geral’, não é isso. Temos que usar o bom senso e continuar tendo segurança no enfrentamento da pandemia, que ainda não terminou”, disse o coordenador do Comitê Científico de São Paulo.
De acordo com ele, caso os indicadores da pandemia de Covid-19 piorem, a obrigatoriedade do uso de máscaras pode voltar.
“A máscara representa o período que a gente viveu de forma anormal. A retirada tem esse significado. Se futuramente ocorrer uma nova variante que coloque em risco os indicadores, podemos fazer uma recomendação diferente. Mas não acreditamos que isso possa acontecer”, disse Gabbardo.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a médica infectologista Luana Araújo, que chegou a ser cotada para assumir um cargo no Ministério da Saúde, acreditam que ainda é cedo para desobrigar o uso de máscaras em locais fechados, como decretado ontem em São Paulo.
Cerca de 90% da população de São Paulo está vacinada
O Comitê Científico de São Paulo acompanha o número de novos casos, óbitos e hospitalizações por Covid-19 em todo o estado, além de observar também a cobertura vacinal.
Até o momento, cerca de 102,3 milhões de doses da vacina contra Covid-19 foram aplicadas no estado de São Paulo, sendo 41,4 milhões relacionadas à primeira dose e 37,7 milhões à segunda. A dose única da Janssen foi aplicada em 1,2 milhões de pessoas, enquanto a dose de reforço já foi recebida por 21,1 milhões.
Com o avanço da vacinação em São Paulo, cerca de 90% da população paulista maior de 5 anos está totalmente imunizada contra a Covid-19.