O secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, informou que cerca de 4,3 milhões de pessoas estão com a segunda dose da vacina contra Covid-19 em atraso. De acordo com ele, a faixa etária com maior índice de faltosos é a de 12 a 29 anos.
“Nós temos que entender que o Réveillon já está nas nossas portas e que nós precisamos vacinar. Estamos vacinando muito, mas precisamos vacinar mais. Nós chegamos aqui no estado de São Paulo a 75% da imunização completa de todas as faixas etárias. Mas temos 4,3 milhões de pessoas ainda faltosas. Especialmente um público na faixa de 12 a 29 anos, que é exatamente o público que sai, que vai para as festas, vai para a balada e faz circular os vírus.”, disse o secretário em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (29).
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de SP, entre os atrasados para tomar a segunda dose da vacina, 856,7 mil devem completar o esquema vacinal com a CoronaVac, enquanto 1 milhão de pessoas estão com a segunda dose da AstraZeneca em atraso. Já o número de faltosos que receberam a Pfizer na primeira dose é de 2,5 milhões.
Municípios de SP devem adotar cautela sobre Réveillon
Gorinchteyn ressaltou que as autoridades de cada município precisam ficar atentas aos casos de Covid-19, para poderem decidir sobre a realização das festas oficiais de final de ano, que provocam aglomerações e podem aumentar o número de infecções.
O secretário também disse que independente da nova variante ômicron, que talvez tenha maior poder de transmissão, é preciso estimular a vacinação e adotar cautela no planejamento das festas.
“Seguramente nos precisamos uma robustez ainda maior no percentual de imunização e imaginando que as prefeituras, apesar de terem a autonomia [de definir a] realização do Réveillon, precisam estar muito atentas porque isso é um momento de aglomeração entre as pessoas e que a observância as regras sanitárias de uso de máscara nem sempre acaba acontecendo”, começou.
“Então acho que vale a pena uma medida bem austera das prefeituras em reavaliar, ao menos neste momento, o Réveillon independente de termos ou não cepas mutantes ou geneticamente modificadas. Então, a atenção é para a presença da covid-19 no nosso meio.”, completou o secretário.
Mesmo com a detecção da nova variante, Gorinchteyn afirmou que o governo paulista não tem “nenhum intuito de não retirar a máscara no dia 11 de dezembro para os ambientes externos salvo se houver alguma alteração no ponto de vista epidemiológico”.