TCU deve manter julgamento mesmo com movimento de Bolsonaro para entregar joias sauditas

O Tribunal de Contas da União (TCU) deve manter nesta quarta-feira (15) o julgamento sobre as joias vindas da Arábia Saudita e que estão com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com informações do jornalista Gerson Camarotti, da “TV Globo”, a tendência é que a Corte determine que elas sejam entregues imediatamente à Receita Federal ou à Polícia Federal (PF).

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Conforme o comunicador, integrantes do TCU afirmam que o julgamento deve ser mantido. Isso, mesmo após a defesa de Bolsonaro ter avisado à PF que vai entregar ao tribunal o conjunto de joias de luxo sauditas que ficaram com o ex-presidente da República.

Hoje, ministros do TCU avaliam que Bolsonaro se antecipou para evitar um desgaste com uma possível derrota no plenário da corte por conta das críticas tecidas à decisão cautelar do ministro Augusto Nardes.

Na última quinta-feira (09), o ministro em questão tornou o ex-presidente como “fiel depositário” das joias. Com isso, ficou determinado que os objetos podem continuar em posse de Bolsonaro – apesar da decisão, ficou estabelecido que Bolsonaro não pode usar ou vender essas joias.

De acordo com Gerson Camarotti, o presidente do TCU, Bruno Dantas, deve falar sobre o tema nesta quarta, mantendo assim o julgamento do caso. Conforme o comunicador, nas palavras de um ministro, a tendência é que seja determinada uma “ampla e detalhada auditoria para inventariar todos os presentes recebidos nos quatro anos de governo Bolsonaro, assim como foi feito com as gestões de Lula e Dilma Rousseff”.

O caso das joias

Assim como publicou o Brasil123, ao todo, foram dois pacotes com joias vindos da Arábia Saudita e endereçados a Bolsonaro e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O primeiro tinha um colar de diamantes, brincos e um relógio feminino e foi apreendido, em outubro de 2021 junto com o então assessor do ministro das Minas e Energia, Marcos Soeiro.

De acordo com a Receita Federal, essas joias foram avaliadas em R$ 16,5 milhões, sendo que, na ocasião, auditores da entidade exigiram que fosse pago imposto para que a comitiva do ministério entrasse com os itens no Brasil. Como não houve o pagamento, as joias foram retidas no país, um procedimento burocrático que antecede a apreensão.

Leia também: Ministros levaram bronca de Lula após companhias aéreas questionarem projeto que visa passagens a R$ 200

Alisson Ficher

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