Agentes da Polícia Civil prenderam, na manhã desta sexta-feira (11), Bruno Amaral Guedes de Souza, um taxista conhecido como Bruno Buika. Segundo a corporação, investigações mostraram que o homem usava seu carro como disfarce para traficar armas.
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Em nota, a Polícia Civil relatou que, durante as diligências, o suspeito chegou a se gabar por estar longe dos olhos dos agentes. Na ocasião, ele estava em frente ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. “Vai pegar como, filho?! Esquece. Vai pegar nunca”, teria afirmado Bruno Buika na ocasião, sem saber que estava sendo monitorado.
De acordo com Victor Tutmann, delegado responsável pelo caso, o preso, que trazia as armas do Paraguai e, no Rio de Janeiro as vendia para inúmeras facções criminosas, gostava de se exibir. “Conseguimos descobrir que ele trazia armas vindas do Paraguai para revendê-las no estado do Rio de Janeiro abastecendo diversas facções criminosas”, disse.
“Ele tem um perfil exibicionista. Ele se vangloriava da qualidade do equipamento que comercializava, inclusive diminuindo os concorrentes”, contou o delegado, que ainda explicou que a função de taxista era apenas paralela e usada justamente para que ele pudesse entregar suas encomendas sem dar pistas dos crimes que estava cometendo.
A prisão do taxista
De acordo com as informações, o taxista foi preso nesta sexta-feira em sua casa, localizada em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, a prisão aconteceu no cumprimento de um mandado de busca e apreensão.
Esse mandado foi expedido após as investigações apontarem que ele, sem se preocupar, levava fuzis até no banco do carona e fazia ameaças. “Olha a firma aí. Bota a cara para ‘tu’ ver”, disse o suspeito em uma gravação capturada pela polícia.
As investigações contra o taxista começaram no começo deste ano. Com as diligências, informou o delegado responsável pelo caso, constatou-se que Bruno era um dos fornecedores de armas do Jacarezinho, uma das comunidades ocupadas por um programa do Rio de Janeiro que visa pacificar algumas regiões hoje dominadas pela milícia.
Apesar da ligação com a facção que domina o Jacarezinho, a Polícia Civil apurou que para o homem, que preferiu ficar em silêncio ao ser preso, pouco importava qual era o grupo que comprava as armas, pois ele se interessava mesmo era pelo lucro.
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