O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou nesta segunda-feira (27) os mais novos dados do seu levantamento sobre o desemprego no Brasil. De acordo com o instituto, a taxa de desemprego no país caiu de 15,1% em março para 13,7% em junho.
Em resumo, esse levantamento se baseia na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aliás, o Ipea também revelou que a taxa dessazonalizada em junho chegou a 13,8%, menor nível desde maio de 2020.
O Ipea destacou o avanço das contratações em diversos setores que costumam empregar bastante mão de obra informal. A saber, o levantamento citou os setores de construção, agricultura e serviços domésticos como os principais nesse quesito. Em suma, o crescimento anual da população ocupada nestes setores foi de 19,6%, 11,8% e 9%, respectivamente.
Além disso, o estudo revelou que houve uma forte expansão de 16% no número de empregados no setor privado. Por sua vez, o número de trabalhadores por conta própria também disparou em um ano, subindo 14,7%.
Ainda segundo o Ipea, o segundo trimestre ficou marcado pelo aumento do emprego para todos os segmentos da população, na comparação com o mesmo período de 2020. Isso aconteceu, porque a base comparativa é bem fraca, uma vez que a pandemia da Covid-19 provocou a perda de milhões de empregos em todo o mundo.
Em síntese, o Ipea destacou o aumento da ocupação entre jovens, que disparou 11,8% em um ano. Outros destaques anuais foram os trabalhadores com ensino médio completo e as mulheres, cujas taxa de ocupação cresceu 7,0% e 2,2%, respectivamente.
Embora os resultados tenham se mostrado bastante positivos, o Ipea alertou para o quadro “desafiador” que o Brasil ainda tem pela frente. O instituto afirmou que há “outras dimensões do mercado de trabalho” ainda muito desfavorecidas. Os principais problemas, além da alta taxa de informalidade, é o alto índice de subocupação e o aumento do tempo que os desempregados permanecem sem ocupação.
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