Tarsila do Amaral: quem foi, obras, contexto

Uma das artistas mais conhecidas no Brasil, Tarsila do Amaral era uma pintora, que se tornou ícone do modernismo brasileiro, e integrou diversos elementos do seu estilo, a cultura latino-americana.

A artista é conhecida mundialmente, e conseguiu produzir obras com identidade própria, que marcam a cultura da época, inclusive usando tendências de arte moderna da Europa, e ao mesmo tempo muitas cores, que era uma característica brasileira.

Uma de suas obras mais famosas, “O Abaporu”, se tornou símbolo do Manifesto Antropófago de 1928 e também um dos quadros mais valiosos do Brasil.

Quem foi Tarsila do Amaral?

Tarsila do Amaral nasceu em 1886 em São Bernardo, (SP), herdeira de uma família abastada que tinha muitas propriedades rurais. Cresceu com 7 irmãos, sempre ouvindo o pai ler poemas franceses e a mãe tocar piano.

Quando adulta, casou-se com o médico André Teixeira Pinto, que não a apoiava em seu ofício de artista, e exigia que tivesse um comportamento mais recatado e doméstico. Quando sua única filha nasceu, Dulce, foi então resolveu se separar.

Com forte influência de sua família, que sempre a apoiou em sua carreira nas artes, em 1925, seu casamento foi anulado, e voltou para São Paulo. Quando Tarsila do Amaral tomou conhecimento sobre a Semana de Arte Moderna, foi Anita Malfatti quem a apresentou aos artistas modernistas. E então, o grupo dos cinco foi formado, por Anita, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia.

Principais obras

•         A Negra (1923)
•         Morro da Favela (1924)
•         Autorretrato – Manteau Rouge (1925)
•         Manacá (1927)
•         Abaporu (1928)
•         A lua (1928)
•         O Sono (1928)
•         Antropofagia (1929)
•         Operários (1933)
•         Segunda Classe (1933)

Principais características

As obras de Tarsila do Amaral tiveram três fases principais, sendo elas a primeira chamada de Pau-Brasil, onde suas obras eram inspiradas em viagens ao Rio de Janeiro, no Carnaval, em cidades históricas que conheceu em Minas Gerais e tinha muita representatividade do Brasil urbano e rural.

A segunda fase foi a antropofágica, de 1928, de onde saíram suas maiores e mais famosas obras. Foi o início de um movimento que teve muitos expoentes dentro do segmento da arte nacional. E, por fim, a Fase Social, que Tarsila do Amaral passou a retratar a desigualdade social, opressão do proletariado, e diversos problemas do capitalismo industrial. O quadro “Operários”, marcou o início dessa fase, mostrando a desesperança dos trabalhadores que sofriam naquela época.