No último domingo, 26, o regime do Talibã anunciou que a partir de agora, para que possam fazer viagens de longas distâncias, as mulheres precisam estar na companhia de um homem de sua família imediata. A decisão é mais um exemplo de que as normas do atual regime estão se tornando cada vez mais rigorosas, se contradizendo às promessas iniciais.
Talibã proíbe mulheres de viajarem sem a companhia de um homem. (Imagem: Reuters/Jorge Silva)
A recomendação do Talibã anunciada através do Ministério da Promoção da Virtude e Prevenção do Vício do Afeganistão é que os motoristas aceitem em seus veículos somente mulheres que usam o véu islâmico. A informação foi divulgada por meio das redes sociais e ainda precisa ser confirmada a caráter oficial.
No entanto, o porta-voz do ministério, Sadeq Akif Muhajir, disse à AFP que, “as mulheres que viajam mais de 45 milhas [72 km] não podem fazer a viagem se não estiverem acompanhadas por um parente próximo”, declarou. O porta-voz ainda sentiu a necessidade de explicar que este acompanhante deve ser um homem.
A nova regra foi divulgada apenas poucas semanas após o ministério requerer aos canais televisivos que não transmitam novelas com mulheres, além de também exigir que as jornalistas usem o véu islâmico na frente das câmeras. Mas em meio às novas imposições permeia-se uma dúvida, o que seria o ‘véu islâmico’ para o Talibã, se é apenas um lenço na cabeça ou se é preciso cobrir o rosto.
Estas são apenas algumas das várias restrições voltadas exclusivamente ao universo feminino que foram adotadas pelo Talibã, mesmo que no início, o grupo tenha feito uma série de promessas de que o regime atual não seria tão rígido quanto o anterior, que vigorou durante o período de 1996 a 2001.
Vale mencionar que em várias províncias, as autoridades locais decidiram abrir as escolas para meninas, mesmo que muitas não tenham mais autorização para frequentar as aulas. No início do mês de dezembro, um decreto em nome do líder supremo do movimento Talibã pediu ao governo o cumprimento dos direitos das mulheres. Contudo, o documento não faz nenhuma menção sobre o direito à educação.
Enquanto isso, ativistas dos direitos humanos esperam que os esforços do Talibã para conquistar o reconhecimento da comunidade internacional e recuperar a tão necessária ajuda para o país que é um dos mais pobres de todo o mundo, resulte em concessões do movimento. Durante a primeira gestão, as mulheres foram obrigadas a usar burca, além de serem autorizadas a sair de casa somente na companhia de homem, sem poder trabalhar ou estudar.
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