Nesta quarta-feira (9), em entrevista à CNN Brasil, o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, afirmou que a prefeitura da capital fluminense aplicará a quarta dose da vacina contra Covid-19 na população em geral. A quarta dose será administrada um ano depois da aplicação da primeira dose de reforço.
“Provavelmente vamos fazer uma segunda dose de reforço, que não vai se chamar quarta dose, até por conta da vacina da Janssen [em que a dose de reforço é a segunda aplicação], um ano após a dose de reforço inicial. Os imunossuprimidos já podem tomar o segundo reforço, ou quarta dose, quatro meses após a primeira dose de reforço”, disse Soranz.
Também no dia de hoje, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o estado fará o mesmo que a capital fluminense e aplicará a 4ª dose em toda a população, “independentemente de recomendação do Ministério da Saúde”. Diferente da Prefeitura do Rio, o governador paulista não deu detalhes sobre prazos.
Além de informar que a quarta dose será aplicada na cidade do Rio de Janeiro, Soranz demonstrou preocupação com o baixo índice de crianças vacinadas contra a Covid-19 na capital fluminense. Segundo ele, apenas 47% das crianças foram imunizadas. Com isso, a partir desta quarta-feira (9), 3.500 agentes comunitários vão ativamente em busca de crianças não vacinadas.
“A gente espera vacinar, nos próximos 15 dias, aproximadamente 200 mil crianças. É um número bastante expressivo, e a gente tem essas duas estratégias que já utilizamos em outras campanhas de vacinação, e a gente acredita que vão ser exitosas”, disse Soranz.
Passaporte da vacina não será solicitado nas escolas do Rio de Janeiro
O secretário afirmou que os pais de crianças não vacinadas contra Covid-19 podem ser acionados em conselhos tutelares, mas disse que a prefeitura do Rio seguirá não exigindo o passaporte vacinal nas escolas.
“Nas escolas a gente avalia que isso pode ser negativo. A gente não recomenda, e nenhum país do mundo tem essa recomendação de passaporte vacinal nas escolas em grande escala. A gente quer que as crianças vão para lá mesmo não vacinadas. É um ambiente em que elas se alimentam, desenvolvem. A gente entende que é um ambiente de proteção social”, explicou Soranz.