Em junho desse ano, a desenvolvedora de jogos Capcom anunciou que a série de jogos Resident Evil se tornou a primeira de sua autoria a superar 100 milhões de vendas. O relatório trimestral liberado hoje, contudo, não mostrou a mesma empolgação.
As vendas do remake do jogo Resident Evil 3, apesar de apresentarem um sólido resultado, não se comparam com as vendas do remake do último título do série, Resident Evil 2.
O número bateu 2,7 milhões de unidades em três meses, o que apesar de ser um bom número, realmente não tem como comparar com o sucesso do título anterior, que a essa altura já tinha superado a marca de 4 milhões.
Em adição a isso, foi graças ao remake da segunda edição do jogo que a empresa pôde anunciar o recorde batido por toda a franquia.
Ficando para trás
Ainda há uma chance do novo remake correr atrás do atraso. Até agora, a nova versão está um pouco menos de um milhão de cópias atrás do número de vendas do título original.
Além disso, o remake está atrás das estatísticas de outros títulos da série, como Resident Evil 5, 6 e 7. É o que informou a gerente de desenvolvimento de negócios da Capcom, Alex Aniel, em sua conta no Twitter.
O último título da série, o Resident Evil 7, não teve uma performance no nível esperado pela Capcom, alcançando 3,5 milhões de cópias vendidas em março de 2017. As vendas do Resident Evil 6 também frustraram a empresa.
Finalmente, parece que a Capcom está reduzindo suas expectativas.
Apesar de o novo Resident Evil 3 não chegado ao nível do anterior, considerado por muitos o “remake do ano de 2019”, a Capcom divulgou aumento anual de vendas digitais no primeiro trimestre.
Coronavírus e jogos
Mesmo com as dificuldades trazidas pelo coronavírus, a empresa não fez mudança ao seu plano de negócios para 2020.
Se, por um lado, a pandemia afetou o mercado de desenvolvimento de jogos, o maior tempo livre e a maior necessidade por escapismo digital aumentaram a demanda, de modo que o resultado frustrante do novo remake deve ser atribuído a outros fatores.