Segundo estudo publicado ontem (7) na revista científica The Lancet Infectious Diseases, os efeitos colaterais causados pelas vacinas de mRNA (RNA mensageiro) contra a Covid-19 são “leves e temporários”.
O estudo realizado nos EUA analisou dados correspondentes a cerca de 298 milhões de doses de vacinas de mRNA aplicadas no país. Desse total, entre dezembro de 2020 e junho de 2021, foram relatados 340.552 casos de efeitos colaterais ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas dos EUA, sendo que 92% (313.499) correspondem a efeitos “não graves” e menos de 1% teve que receber atendimento médico.
Entre os efeitos mais comuns estão: cefaleia (20% dos casos), fadiga (17%), febre (16%), calafrios (16%) e dor (15%). Já entre os eventos adversos classificados como “graves”, o mais comum foi “falta de ar”, reportado por 4.175 pessoas.
“A velocidade com que as vacinas contra covid-19 foram administradas em uso emergencial, especialmente em populações mais velhas, é sem precedentes”, afirmou o autor do estudo, David Shay, membro do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês).
“O monitoramento de segurança das vacinas contra a covid-19 é o mais robusto da história dos EUA. Os dois sistemas de vigilância complementares usados para este estudo devem aumentar a confiança de que as vacinas de mRNA são seguras”, acrescentou Hannah Rosenblum, coautora do estudo.
Na avaliação de Rosenblum, “as vacinas são a ferramenta mais eficaz para prevenir a covid-19 grave. Os benefícios da imunização na prevenção de doenças graves e morte são sólidos em favor da vacinação”.
Até o momento, 77,1% (254,1 milhões de pessoas ) da população dos EUA tomou a primeira dose da vacina contra Covid-19, enquanto o percentual de pessoas que completaram o esquema vacinal com duas doses é de 65,4% (215,3 milhões). Já a dose de reforço foi aplicada em 28,9% da população do país, o que corresponde a aproximadamente 95,1 milhões de pessoas. A grande maioria das vacinas contra Covid-19 aplicadas nos EUA usam a tecnologia mRNA, como o imunizante da Pfizer e o da Moderna.