Robson Cunha, advogado da família de Marília Mendonça, revelou na noite desta segunda-feira (15), o laudo oficial da FAB (Força Aérea Brasileira) sobre o acidente da cantora. Ela e mais quatro pessoas foram vítimas de um acidente aéreo em Minas Gerais, em 5 de dezembro de 2021.
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Em pronunciamento para a imprensa, ele informou que o “fator preponderante” foi a colisão com cabos de energia: “O que ficou claro é que a aeronave não teve nenhuma falha mecânica. As opções e as decisões tomadas pelo piloto na ocasião não foram tidas como irregulares. Ainda que ele tenha mudado o plano de voo, estava dentro daquilo que é de possibilidade do piloto, então a gente vai agora para a questão do obstáculo”.
“O obstáculo hoje se mostra como preponderante para o acidente. A gente tem que entender se o obstáculo deveria, ou não, ser identificado”, explicou o representante, informando que a orientação é a identificação dos cabos da Cemig: “A partir desse evento que aconteceu com a Marília e os demais, eles [FAB] entendem [que há necessidade de] uma orientação para que a Cemig faça a identificação daqueles cabos”.
Por fim, Robson Cunha explica que não existe uma “caça às bruxas” e o objetivo é evitar novos acidentes.
Causa da morte de Marília Mendonça foi revelada
A causa da morte de Marília Mendonça e dos outros quatro tripulantes do acidente aéreo em Caratinga, Minas Gerais, foi confirmada no ano passado. De acordo com laudo oficial da Polícia de Minas Gerais, todas as vítimas sofreram politraumatismo, ou seja, foram detectadas várias lesões em órgãos vitais dos falecidos.
Em coletiva de imprensa, o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos afirma que Marília e as outras vítimas, Geraldo Medeiros, Tarciso Viana, Henrique Ribeiro e Abicieli Filho tiveram politraumatismo contuso no acidente: “Todos os exames dos tecidos vieram negativos para outras enfermidades que pudessem contribuir para a morte. Os exames de tecido confirmaram os traumas sofridos por todas as vítimas”.
“Os exames toxicológicos e alcoólicos também não apontaram nenhum tipo de consumo de substância ou intoxicação que pudessem contribuir com os óbitos. Dessa forma, a conclusão final dos óbitos será por politraumatismo contuso para todas as cinco vítimas desse acidente aéreo”, finaliza o legista.
Segundo o delegado Ivan Lopes Sales, a polícia trabalha com a tese de que a aeronave caiu ao bater em fios de alta tensão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e uma investigação já está encaminhada. A possibilidade de pane nos motores ainda não foi descartada.
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