Ontem (9), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou que haverá queima de fogos para celebrar o Réveillon na praia de Copacabana, na zona sul, e em outros 9 pontos espalhados pela cidade.
Paes admite que “vai haver aglomeração”, mas disse que serão colocadas em prática medidas para limitar o acesso à Copacabana, onde cerca de 3 milhões de pessoas costumam se reunir na virada do ano.
Além dos fogos, serão instaladas 25 torres de “som mecânico” na praia de Copacabana. No entanto, não haverá shows ao vivo, conforme o previsto no plano inicial da Prefeitura do Rio de Janeiro para o Réveillon deste ano.
Ao ser questionado sobre os riscos sanitários de promover a queima de fogos na virada durante a pandemia de Covid-19, Paes disse que as decisões foram “embasadas no comitê científico”. Enquanto o comitê municipal havia liberado até mesmo a realização de shows ao vivo, o comitê estadual concordou apenas em autorizar a queima de fogos.
“A cidade está aberta e vai celebrar. Entendemos que vivemos um momento diferenciado, com baixos índices de internações e mortes, o que nos permite realizar esse evento com as restrições sugeridas pelo governo do estado.”, disse Paes.
“As aglomerações não estão proibidas na cidade do Rio de Janeiro. Vai haver aglomeração no Réveillon. O entendimento do comitê científico da prefeitura é que poderia ter shows. A gente queria a Anitta, mas não se concretizou. A gente só não vai fazer show porque o comitê científico do estado recomenda que não tenha.”, acrescentou o prefeito.
Acesso à Copacabana será dificultado no Réveillon do Rio de Janeiro
A ideia de espalhar os fogos por 10 pontos da cidade tem objetivo de tentar evitar que todo o público se desloque até a praia de Copacabana, onde costuma ocorrer a maior festa de Réveillon do Rio de Janeiro.
Na tentativa de dificultar o acesso à Copacabana, no dia 31 de dezembro, entre 19h e 22h, apenas moradores, hóspedes e trabalhadores da região poderão acessar o bairro. A entrada será mediante apresentação de comprovante de residência ou de trabalho. A partir das 22h, o acesso de carro será vetado para todos, até mesmo moradores. Já os ônibus circularão pelo bairro apenas até às 20h.