Regina Casé se pronunciou, em entrevista ao podcast ‘Mano a Mano’, de Mano Brown, nesta quarta-feira (3), sobre a polêmica de que ‘odeia pobres’. Segundo a atriz, que está no ar em ‘Todas as Flores’, da TV Globo, tudo começou quando ela apresentava o finado ‘Esquenta’, também na emissora.
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“As pessoas falam: ‘A Regina não gosta de pobre não, não gosta de preto. Ela mora na Zona Sul. O estigma do programa era: ‘Regina só anda com bandido’. Diziam: ‘O Esquenta! é um programa de maconheiro, macumbeiro, viado e bandido’, porque funkeiro e bandido são sinônimos. Só que o cara que aparecia lá, ninguém sabia o nome. Eles sabem o meu”, começou ela, pontuando: “Então todo o preconceito contra cada uma dessas pessoas fazia um funil, um ralo, e vinha pra mim. A vida da gente era ruim pra caramba. De embate na rua”.
A atriz, inclusive, diz que se vê de um lugar bastante miscigenado, mas não sem seus dissabores: “O meu lugar de fala é difícil pra caramba. Eu sou mãe de preto, convivo com um monte de preto no meu dia a dia e me dilacero com cada injustiça e desigualdade a cada dia. E vendo coisas que uma branca não conseguiria ver nem que ela lesse todos os livros, porque você conviver todo dia muda muito. É claro que eu não estou sentindo na minha pele, porque no Brasil eu sou branca. Ainda mais quando você tem grana e é famosa. Eu sou quase loura”.
Regina não tem papas na língua
Regina Casé abriu o jogo em entrevista para a revista JP, do site Glamurama, lá em 2021, sobre o sexo após os 60 anos de idade. A atriz de Amor de Mãe, da TV Globo, está casada há mais de 21 anos com Estevão Ciavatta – e bastante feliz.
Aos então 67 anos, Regina revela que está passando cada vez mais tempo com o marido em seu sítio em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. E com a pandemia, os dois passam cada vez mais tempo juntos e ganham intimidade até no sexo: “Acho que, depois dos 60 anos, no sexo, a gente ganha muito mais intimidade com o parceiro. O que você perde na novidade, ganha na intimidade. Claro que [com] uma pessoa nova, a própria curiosidade te dá muito mais tesão, mas a intimidade também dá”.
Durante a entrevista, a atriz também falou sobre o processo de adoção de Roque, que na ocasião tinha sete anos de idade. Quase que simultaneamente ela se tornou avó, já que a filha Benedita tem um filho de três anos, Brás: “Com ela tinha superproteção, medo de não acertar, um monte de coisas que com o Roque não tenho. Sou uma pessoa mais equilibrada emocionalmente, tudo que permite minha relação com eles ser mais suave. É sem culpa”.
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