Flávia Januzzi, ex-repórter da TV Globo, abriu o jogo em entrevista para o site Uol Splash, nesta quinta-feira (22), sobre sua saída da emissora. Segundo ela, uma lista de pessoas que seriam demitidas começou a circular no Whatsapp e ela só soube que queria ser dispensada porque amigos se despediram dela logo depois.
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“No dia das demissões eram bolinhos de pessoas, ninguém trabalhando, todo mundo chorando. Os colegas iam sendo chamados um a um pra serem demitidos. Parecia uma lista de Schindler ao contrário, uma coisa horrorosa, [estavam] sendo abatidos pouco a pouco. Tem colegas que saíram de reportagens para serem chamados e foram demitidos fazendo reportagem. [Era] um clima horroroso, um clima de funeral”, relembrou ela.
De acordo com Flávia, o modo como as demissões foram feitas foi frio e calculado. “Eu não tive estômago de voltar na redação. Eu não consigo passar pelo Jardim Botânico ainda. Me dá um mal-estar, um negócio que eu não consigo dizer o que é. Eu ainda não superei, mas vou superar”, afirmou a jornalista, que esteve na emissora por mais de 25 anos.
Flávia criticou look de Deborah Secco na cobertura da Copa do Mundo
Flávia Januzzi, inclusive, diz que o fato de ter criticado os looks sensuais de Deborah Secco para a cobertura da Copa do Mundo no ano passado, contribuiu para sua demissão. Na ocasião, ela fez os seguintes comentários: “Bora cortar a blusinha pra distrair a galera, né? Só Jesus” e “Achei uó”.
“Eu tirei a postagem, mas eu continuo pensando exatamente como eu botei ali. Pra quê? Num ambiente de trabalho, eu acho que tem um [código de vestimenta] de acordo com o lugar em que você está. […] Agora, eu aprendi que ali eu não posso falar o que eu penso”, garantiu Januzzi, que foi elogiada por outras colegas por acharem a mesma coisa que ela.
Ela, inclusive, diz que recebeu uma ligação de um diretor para apagar as postagens: “Talvez eu tenha sido mal entendida ali. […] Fizeram uma leitura como se eu fosse a machista, como se eu estivesse detonando uma mulher. Não foi essa a ideia, porque eu acho a Deborah linda, ela é maravilhosa. Não é uma coisa contra a Deborah Secco. Foi uma coisa de código de vestimenta para um lugar que, no meu ponto de vista, não era adequado”.
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