Uma mulher foi presa acusada de tentar extorquir um padre após ter flagrado o religioso tendo conversas íntimas com seu marido em Catanduva, no interior de São Paulo. De acordo com a “TV Tem”, em reportagem que foi ao ar nesta quinta-feira (04), a denúncia foi feita em setembro deste ano.
Na ocasião, ainda segundo a reportagem, a mulher, de 27 anos, passou a exigir dinheiro do padre em julho. À época, o religioso, de 50 anos, aceitou pagar R$ 3 mil para “comprar” o silêncio da acusada.
Todavia, passado um tempo, a mulher voltou a ameaçar o padre e, desta vez, exigiu que ele desse para ela R$ 20 mil para que as mensagens fossem mantidas em sigilo. No entanto, por não possuir o montante desejado pela acusada, o religioso decidiu denunciar o caso.
“A princípio ela exigia que a vítima [o padre] passasse um Pix de tal valor a ela, mas, como a vítima disse que não possuía tal recurso de transferência, ela disse, via WhatsApp, que pegaria o dinheiro direto com a vítima”, diz o boletim de ocorrência do caso.
A prisão da mulher
Depois de denunciar a extorsão, a Polícia Civil planejou um jeito de prender a acusada em flagrante. Para isso, os investigadores orientaram o padre para que ele dissesse que iria pagar a quantia exigida pela mulher.
No dia da prisão, a fim de não se expor, a mulher contratou uma pessoa que, de moto, foi ao encontro do padre para pegar o dinheiro. Todavia, essa pessoa acabou sendo surpreendida e, aos policiais, informou que estava no local a mando da suspeita.
Depois de explicar a situação, o motorista, acompanhado dos policiais, foi ao encontro da mulher, que estava em seu trabalho, e a entregou o envelope com o suposto dinheiro. Neste momento, ela foi presa e ainda confessou que estava ameaçando o religioso.
Suspeita solta
Um dia após ser presa, a Justiça concedeu a liberdade provisória para a moça, que agora não pode manter contato com o padre e ainda deve comparecer todos os meses no Fórum da cidade para informar suas atividades. Segundo as informações, ela vai responder pelo crime de extorsão, que prevê pena de quatro a 10 anos de detenção.
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