Marcos Mion, pai de Romeo – que está no espectro autista -, criticou o governo de São Paulo por vetar projeto de lei sobre autismo. Na decisão, contra a validade vitalícia a laudos médicos sobre o transtorno, lia-se a seguinte justificativa: “Diagnosticado precocemente até os cinco anos e onze meses de idade, [o autismo] é mutável, podendo mudar tanto de gravidade como até mesmo deixar de existir”.
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No stories, na noite da última quinta-feira (9), antes da revogação, o apresentador do ‘Caldeirão’, da TV Globo, expôs a situação como desserviço: “É um dos maiores desserviços que já vi na minha vida. […] Isso é um absurdo. […] Que tristeza ouvir isso. Ainda mais depois de tantos anos falando de autismo em todos os microfones que consigo. Que fique claro, autismo não é doença, governador, e por isso não tem cura. Não é igual uma dor de cabeça, que você toma um remédio e já era”.
O comunicador, inclusive, alertou Tarcísio de Freitas, o atual governador, sobre as pessoas que o estão auxiliando nesse momento: “Vale lembrar que foi a Secretaria de Saúde que indicou ao governador essa resposta mentirosa, negacionista, que acaba influenciando milhões de pessoas de forma negativa. Vai diretamente contra a aceitação, que é o que a gente batalha tanto pra acontecer”.
Na manhã desta sexta-feira (10), o governo revelou que voltou atrás na decisão e buscará uma alternativa.
Mion levou ‘fora’ de Boninho antes de entrar na Globo
Marcos Mionrelembrou em entrevista ao‘Saia Justa’, do GNT, em agosto do ano passado, que levou um fora de Boninho quando tentou firmar contrato com a TV Globo. O diretor, inclusive, até o aconselhou a procurar uma outra emissora antes do sucesso de ‘Caldeirão com Mion’.
“A felicidade é proporcional ao sofrimento. A minha ida para a Globo foi uma travessia que envolveu muita fé, muita resiliência. Eu tenho um WhatsApp do Boninho falando para mim: ‘o sábado está fechado, toca a sua vida, aceita outra proposta, porque não vai rolar’”, revelou ele.
Mion, no entanto, afirmou que não desistiu fácil: “Eu falei: ‘não, não vou aceitar’. Fui para Nossa Senhora, reforcei a minha promessa. Isso não estava certo. Era para eu estar lá! Eu fiz a minha parte”. Hoje em dia ele não esconde que vive um sonho: “Eu já tenho mais de 20 anos de carreira, graças a Deus, muito bem sucedida, mas não finjo costume para falar que estou vivendo um sonho”.
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