Apesar de o Carnaval de rua deste ano ter sido cancelado pela Prefeitura do Rio de Janeiro por conta da pandemia de Covid-19, blocos clandestinos se reuniram no centro da cidade durante o final de semana, obrigando as autoridades a dispersarem os foliões.
No domingo (20), um bloco se reuniu na Praça da Cruz Vermelha, perto da Lapa, tendo sido dispersado pela Guarda Municipal, segundo a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop). “Alguns integrantes de deslocaram para a rua da Carioca, ocupando um terreno, mas a GM-Rio [Guarda Municipal] atuou no local até a total dispersão do grupo”, informou a secretaria.
Um dia antes, no sábado, outro bloco se reuniu na Praça Mauá, na zona portuária da cidade. Neste caso, a dispersão ocorreu após uma conversa com os envolvidos. “Cerca de 100 pessoas estavam no evento, que foi desmobilizado pelos agentes por volta das 11h com diálogo e sem registro de incidentes”, afirmou a Seop.
O setor de inteligência da Secretara monitora eventos irregulares “para que não haja transtornos na cidade e a Guarda Municipal atua na desmobilização desses eventos. Os órgãos destacam ainda que contam com a conscientização e a colaboração da população para evitar participar de eventos do tipo”, informou a própria Seop.
Embora não tenha sido necessária a atuação da Polícia Militar na dispersão dos blocos de Carnaval durante o último final de semana, a corporação disse que “segue à disposição dos órgãos municipais para apoiar nas ações de ordenamento”.
Carnaval de rua foi cancelado, mas bailes estão permitidos no Rio de Janeiro
Normalmente, aproximadamente 450 blocos de Carnaval saem às ruas do Rio de Janeiro. Os primeiros blocos costumam sair duas semanas antes da data da festa, enquanto os últimos desfiles ocorrem até uma semana depois.
Com a proibição neste ano por causa da explosão de casos provocada pela variante Ômicron, blocos tradicionais, como a Banda de Ipanema, já avisaram que não sairão às ruas. O Bola Preta, que reúne mais de 1 milhão de pessoas em seus desfiles, optou por promover apenas bailes de Carnaval em sua sede, na Lapa, acatando a orientação da Prefeitura do Rio de Janeiro, que permite somente festas privadas.