O grupo dos desempregados da cidade de São Paulo foi o que mais sofreu com contaminações pelo novo coronavírus. Pelo menos é o que revela um estudo da própria Prefeitura da cidade. O inquérito sorológico da Covid-19.
Esse inquérito analisa o perfil trabalhista das pessoas que contraíram o vírus até aqui. Ou seja, na prática cataloga as profissões das pessoas que tiveram a Covid-19. Entre os trabalhadores, 26,1% contraíram o coronavírus.
É um percentual muito maior do que a média geral de todos os grupos, que é de 14%. De acordo com especialistas, isso acontece porque os desempregados acabam tendo que sair de casa para procurar emprego ou mesmo fazer bicos.
Também chamou atenção o número de donas de casa que contraíram o vírus. É que houve um salto entre os meses de julho e setembro. Em julho, eram 8,3%, já em setembro foram 14,5%. Ou seja, um salto que quase dobrou o número.
Do outro lado da linha de contaminação estão as pessoas que trabalham com educação. Apenas 7% dos educadores contraíram o vírus na cidade. Entre os alunos, o índice é ainda menor. Apenas 6,5%. A explicação é óbvia. As escolas fecharam durante essa pandemia.
Além dos desempregados
O estado de São Paulo foi uma das unidades da federação que mais sofreram com essa pandemia do novo coronavírus. De acordo com os dados oficiais, já são mais de 37 mil mortes desde o início da pandemia por lá.
Esse é um número maior do que a maioria dos países do mundo. O número de contaminação já passa do 1 milhão. Ou seja, ao menos um quinto da população que se contaminou no país está no estado de São Paulo.