Vinícius Coimbra, diretor de ‘Nos Tempos do Imperador’, foi demitido da TV Globo nesta última semana, após acusações de racismo. De acordo com o site Notícias da TV, nesta sexta-feira (11), ele já havia sido afastado temporariamente de suas atividades em fevereiro deste ano.
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Em pronunciamento, Vinícius afirma que não foi dispensado por acusações de racismo e sim por assédio moral: “Fui comunicado do meu desligamento da Globo, por assédio moral. Nas últimas semanas, muito foi dito a meu respeito. Por isso, agradeço àqueles que prezaram por uma apuração responsável dos fatos, sem atribuir a mim atitudes que não condizem com a minha índole ou que não são da minha competência”.
“Como homem branco, porém, reconheço minha responsabilidade por atitudes que reproduzem privilégios. Eu sinceramente não gostaria que isso tivesse acontecido e estou empenhado para que não se repita. Desculpei-me à época e me desculpo agora. Reafirmo meu profundo respeito pelo elenco da novela. Quero poder contribuir para juntos repararmos esta situação e construirmos um futuro melhor”, finalizou.
O diretor foi acusado de racismo pelo elenco da novela das 18h, inclusive as atrizes Cinnara Leal, Dani Ornellas e Roberta Rodrigues.
Relembre o caso
A TV Globo investigava uma denúncia de discriminação racial nos bastidores de ‘Nos Tempos do Imperador‘, que está prestes à sair do ar. De acordo com o site Noticias da TV, em fevereiro deste ano, a queixa é que, durante as gravações da novela, atores negros teriam sido tratados de maneira diferente dos brancos do mesmo elenco.
A notícia foi dada, em primeira mão, pela colunista Monica Bergamo, do site A Folha de S. Paulo. Procurada, a emissora carioca afirmou que não comenta sobre questões relacionadas as investigações do compliance – área que mantém e fiscaliza as normas da TV Globo.
Cinnara Leal, Dani Ornellas e Roberta Rodrigues foram algumas das pessoas do elenco que reclamaram da postura de Vinicius Coimbra. A emissora falou ao total com 10 pessoas do elenco, como Gabriela Medvedovski, o ator Michel Gomes, Mariana Ximenes e Letícia Sabatella – que haviam alertado sobre a diferença de tratamento entre os brancos e negros.
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