O Figueirense anunciou nesta quinta-feira (30) que constituiu a sua SAF (Sociedade Anônima de Futebol). Desta maneira, o clube catarinense também vai se tornar empresa.
Agora, segue o caminho de outros clubes, como Cruzeiro, Botafogo e a rival Chapecoense, para tentar sanar as dívidas.
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Atualmente, o Furacão tem uma dívida em torno de R$ 160 milhões e com a SAF, inicialmente tem 100% do controle do futebol. No entanto, já pode receber propostas de possíveis empresas interessadas em assumir o futebol do clube.
Isso porque a SAF, uma lei criada este ano e aprovada pelo Congresso Nacional, permite que um clube transfira administração do futebol a um grupo investidor. Por sua vez, o grupo também tem que administrar a dívida do clube e pagar em dez anos.
Caso contrário, a SAF também se torna parceira do clube com os credores e também vira devedora.
Desta forma, o Figueirense termina o ano de seu Centenário com uma perspectiva de dias melhores. Atualmente, o clube está na Série C do Campeonato Brasileiro.
“Por último, deve-se enaltecer o importante assessoramento do advogado Dr. André Lupi, do Escritório Menezes Niebuhr, especialmente nos trabalhos de elaboração do Estatuto da SAF, bem como no procedimento de registro da mesma na Junta Comercial do Estado de Santa Catarina”, disse o clube, em nota oficial.
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Recuperação Judicial
No último dia 17de dezembro, o Figueirense já havia anunciado o plano de recuperação extrajudicial do clube catarinense, que foi homologado. Na tentativa de se tornar viável financeiramente de novo, o Figueira aposta em acordo os credores.
Assim, o plano agora está Juízo da Vara Regional de Recuperações Judiciais, Falências e Concordatas da Comarca de Florianópolis.
“No ano do seu centenário, o Figueirense dá demonstrações de que o trabalho sério dá resultados e de que está pronto para as próximas batalhas”, disse a diretoria, em nota oficial no site do clube.
Ainda em 2020, o Figueirense contratou uma empresa de consultoria, a Alvarez & Marsal, para fazer um diagnóstico da situação financeira do clube.
“A partir daí, foram meses de constantes interações, reuniões, revisões de contratos e auditorias”, disse o clube.
“Graças ao trabalho desenvolvido neste período inicial, a diretoria pôde compreender a exata situação financeira do Figueirense, o que era absolutamente imprescindível para que pudesse programar os passos seguintes. Era a primeira etapa do projeto de restruturação do clube”, afirmou o Figueira, em nota.
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