O advogado Willi Egloff, representante da vítima de estupro na Suíça, em 1986, diz que, na ocasião, a menina reconheceu Cuca como um de seus agressores. A exclusiva foi informada para o site Uol, nesta terça-feira (25), após o técnico garantir, em coletiva de imprensa ao assumir o Corinthians, que não havia sido identificado pela criança.
O representante garantiu que Cuca foi reconhecido como “estuprador” pela menina, então com 13 anos, após ser atacada em um hotel em Berna: “A declaração de Alexi Stival [o Cuca] é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor“.
Egloff, inclusive, confirmou a informação do jornal “Der Bund”, de Berna, no qual o sêmen dele foi encontrado no corpo da vítima. O processo durou cerca de três anos, com a condenação de Cuca e outros três jogadores do Grêmio, Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges.
“Alexi Stival foi condenado por violar o art. 181 (coerção) e o art. 191 (fornicação com crianças) do Código Penal Suíço. Desde então, o Código Penal Suíço foi revisado várias vezes. O antigo art. 191 corresponde ao art. 187 (atos sexuais com crianças) do atual Código Penal Suíço“, denunciou o advogado, confirmando que a vítima tentou se matar após o ocorrido.
Procurado pelo site Uol, Cuca e nem o Corinthians se pronunciaram sobre a nova entrevista.
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Relembre falas de Cuca
Cuca, apelido de Alexi Stival, se pronunciou durante coletiva de imprensa, como novo técnico do Corinthians, sobre as acusações. Ele e mais três jogadores foram acusados de estupro coletivo, mas a condenação veio por ela ser menor de idade – todos foram condenados a 15 meses de prisão, porém não cumpriram pena já que o Brasil não extradita seus cidadãos.
“Esse é um tema que ocorreu há 37 anos, tenho uma vaga lembrança. Nessa lembrança, subiu uma menina para o quarto que eu estava com mais três jogadores, pois era um quarto duplo. Essa é minha participação no caso, eu sou totalmente inocente, eu não fiz nada. As pessoas falam que houve um estupro. Houve um ato sexual com uma vulnerável. Essa foi a pena dada“, informou ele.
Apesar dos protestos, ele mantém seu cargo como técnico: “Pode ter protesto ou o que for, mas nada é maior que a vontade de estar aqui. Vou passar por cima de tudo, de protesto. Se não tiver protesto, melhor. Mas hoje eu sou Corinthians. Tendo saúde e paz, você fica tranquilo. E hoje eu durmo tranquilo“.
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