Suzano tem resultado operacional recorde no 4º trimestre

A Suzano encerrou o quarto trimestre de 2021 com um lucro líquido de R$ 2,3 bilhões. Embora o valor seja bastante expressivo, corresponde a uma forte queda de 61% na comparação com o mesmo período de 2020 (R$ 5,9 bilhões).

De acordo com a maior produtora mundial de celulose de eucalipto, esse resultado ocorreu devido à variação cambial na linha financeira, que impactou negativamente os dados. Em outras palavras, a forte valorização do dólar ante o real afetou a Suzano.

Com o acréscimo desse resultado, a companhia registou um lucro líquido de R$ 8,6 bilhões no ano passado. Em suma, esse valor ficou comparável ao prejuízo de R$ 10,7 bilhões registrado em 2020.

Apesar destes dados, o grande destaque da Suzano no quarto trimestre foi o Ebitda, que representa os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. A saber, o indicador saltou 60% na comparação anual, totalizando R$ 6,36 bilhões. Esse foi o maior Ebitda já registrado pela companhia em um trimestre.

Em resumo, isso ocorreu devido ao crescimento do volume das vendas, bem como dos preços dos produtos. Aliás, isso foi registrado tanto no negócio de celulose quanto em papel. Com isso, a margem Ebitda ficou em 55%, alta de 6,0 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2020.

Caixa operacional da Suzano salta 61% em um ano

O câmbio desvalorizado afetou a linha financeira da Suzano, mas a beneficiou em relação às exportações. A receita líquida da companhia totalizou R$ 11,47 bilhões, alta de 43% em relação ao mesmo período de 2020. No acumulado do ano passado, os resultados também ficaram bastante expressivos, com a receita somando R$ 40,97 bilhões, salto de 34% em relação a 2020.

Além disso, a Suzano revelou que o caixa operacional disparou 61% na base anual, para R$ 4,8 bilhões. Nessa mesma base comparativa, as vendas de celulose tiveram expansão de 2%, para 2,7 milhões de toneladas. Enquanto isso, as vendas de celulose cresceram 5%, totalizando 371 mil toneladas.

Por fim, a alavancagem financeira da Suzano, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda em dólar, caiu de 2,7 vezes no final do terceiro trimestre para 2,4 vezes no final do quarto trimestre do ano passado.

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