Uma operação realizada nesta quinta-feira (18) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), prendeu um homem acusado de abater clandestinamente animais e vender a carne para restaurantes em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.
Em nota, o MP revelou que, além do suspeito, outras cinco pessoas foram presas e mais 15 mandados de busca e apreensão foram executados na cidade. Ainda conforme o órgão, para chegar aos suspeitos, os investigadores interceptaram conversas do grupo.
Com esse material, conseguido através de uma autorização da Justiça, constatou-se que a organização estaria vendendo, para estabelecimentos da cidade, uma grande quantidade de carne de equinos, como cavalos, abatidos clandestinamente em formato de hambúrgueres e bifes.
A suspeita que essas carnes eram das origens já citadas, foi comprovada a partir de perícias feitas com alimentos que estavam sendo usados em duas hamburguerias de Caxias do Sul. De acordo com o MP, exames detectaram DNA de cavalo, peru e suíno.
Local do abate encontrado
Conforme explica Willian Smiderle, fiscal agropecuário e supervisor regional da Secretaria Estadual da Agricultura, os agentes do Gaeco encontraram o local onde os animais eram abatidos. De acordo com ele, depois de retirarem as carnes, os acusados enterravam as carcaças e ossos dos equinos.
“Localizamos pontos de abate de equinos, sem registro, sem identificação de inspeção sanitária. Então havia o recebimento de animais sem origem aqui no local, que eram abatidos, depois a carne era fracionada, eram feitos cortes, para entrega para estabelecimentos que utilizam essa carne”, contou ele.
800 quilos de carne
Por fim, a informação do MP é que as investigações mostraram que, semanalmente, o grupo distribuía cerca de 800 quilos de carne clandestina pela região, o que dá mais de quatro toneladas por mês, tudo sem autorização e fiscalização.
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