Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, o médico acusado de ter abusado de dezenas de pacientes, foi solto após passar quatro dias presos em Anápolis, Goiás. O ginecologista havia sido preso na última quarta-feira (29) em um de seus consultórios de atendimentos.
A informação foi divulgada pelo advogado do médico, Carlos Eduardo Gonçalves Martins, que disse que o suspeito já está em casa. “Ele já está em casa. O juiz entendeu que ele não vai atrapalhar as investigações, que ele tem residência fixa, que ele é réu primário”, disse o advogado.
De acordo com o advogado, o ginecologista não cometeu nenhum dos crimes que é acusado e que, por este fato, a defesa decidiu por pedir a revogação da prisão preventiva na Justiça, solicitação está que foi aceita pelo juiz que analisou o caso.
Segundo o magistrado, a prisão de Nicodemos não preencheu os requisitos necessários do Código de Processo Penal e, por isso, a prisão preventiva dele não poderá ser decretada como “garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal”.
Apesar de solto, revelou o advogado, o médico terá que cumprir algumas ordens para permanecer solto. Dentre elas está o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de sair de Anápolis e também a vedação de exercer a medicina.
Relembre o caso do médico
A Polícia Civil investiga o caso do ginecologista acusado de ter abusado sexualmente de inúmeras pacientes. Segundo Isabela Joy, delegada à frente do caso, algumas vítimas disseram que o médico teria tentado agarrá-las e beijá-las. Outras dizem que sofreram os abusos durante o trabalho de parto, por exemplo.
“Temos diversos relatos de vítimas que ele tentou agarrar, beijar, fez que tocassem nos órgãos genitais dele, vítimas que ele abusou durante o parto, que sofreram depressão pós-parto por causa dele”, descreveu Isabela.
Ainda de acordo com a delegada, o médico sempre agia da mesma forma. “Relatos muito iguais. As palavras, o modo de agir em todos os crimes com todas as vítimas é igual. Ele usa das mesmas palavras, mesmos atos libidinosos”,
Força-tarefa para investigar o caso
Conforme a agente pública, a Polícia Civil já ouviu mais de 60 mulheres. Para dar conta de uma demanda com tantas denúncias, a entidade montou uma verdadeira força-tarefa para investigar os supostos abusos do Ginecologista.
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