Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (09), durante entrevista ao canal “CNN Brasil”, que a relação do STF com o Executivo em 2023, com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está em seu terceiro mandato como chefe do Palácio do Planalto, mudou “da água para o vinho”. Nesse sentido, o ministro disse que a Corte viveu um período sem igual de ataques durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Gilmar Mendes deu a declaração ao canal citado durante uma entrevista para o empresário Abílio Diniz, dono da rede Pão de Açúcar. Na ocasião, o ministro relembrou uma série de ataques sofridos pelo STF e falou que a relação com o Executivo hoje é de “normalidade”. Nesse sentido, ele relatou que nem mesmo no período de Ditadura Militar a relação do STF com o Executivo foi tão difícil – ele também classificou o período como “traumático”.
“Eu acho que nem na Ditadura, que atacou o tribunal fazendo aposentadoria de juízes, mas nenhum ataque dessa dimensão, portanto foi algo realmente singular”, disse Gilmar Mendes em alusão ao governo anterior, comandado pelo ex-presidente Bolsonaro
Na entrevista, o ministro da Corte também voltou a defender que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem responsabilidade política “inequívoca” nos atos antidemocráticos de 08 de janeiro. Assim como publicou o Brasil123, na data citada, apoiadores radicais do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, composta pelo STF, pelo Palácio do Planalto e também pelo Congresso Nacional.
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de uma punição para Bolsonaro, Gilmar Mendes defendeu que “é preciso julgar para depois condenar” o ex-presidente para, somente depois disso, se manifestar sobre se o ex-presidente seria o mentor intelectual da movimentação golpista.
“Nós tivemos ataques diretos ao Supremo Tribunal Federal desde aquelas primeiras domingueiras de 2019 e nos últimos setes de setembro, nós tivemos aquelas mega manifestações, xingatórios, então, hoje nós temos uma relação de normalidade”, confessou Gilmar Mendes ao comentar sobre a diferença entre a relação atual da Corte com o Executivo e a passada, de Bolsonaro.
As declarações de Gilmar Mendes foram feitas um dia após ele ter participado do programa Roda Viva, da “TV Cultura”. Na ocasião, seu grande alvo foi a operação Lava-Jato e o ex-juiz federal e agora senador Sergio Moro (União Brasil). Na ocasião, o ministro disse que o hoje parlamentar se colocou em uma posição favorável à extrema-direita no julgamento de Lula na época em que era juiz.
Na entrevista, Gilmar Mendes relembrou que mensagens vazadas pela operação fez com que ela fosse conhecida como “Vaza Jato”, argumentando que os rumos do processo eram combinados entre os procuradores e o juiz do caso, Sergio Moro. Além disso, Gilmar acusou Sergio Moro de influenciar as eleições de 2018.
“Moro vaza a delação de Palocci entre o primeiro e segundo turno de 2018. Participa, portanto, do processo. Assume posição a favor da extrema-direita”, começou ele, completando que “Curitiba gerou Bolsonaro. Curitiba tem o germe do fascismo. Inclusive todas as práticas que desenvolvem. Investigações a sorrelfa e atípicas. Não precisa dizer mais nada. Não por acaso os procuradores dizem, por uma falta de cultura, que aplicaram o Código Processual Russo”.
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