A segurança Pública do estado de São Paulo passou a utilizar uma nova arma com o intuito de impedir que drones levem celulares, drogas e outros itens para dentro dos presídios paulistas. De acordo com uma matéria veiculada nesta segunda-feira (15) pelo “Jornal Nacional”, da “TV Globo”, a arma é grande, pesa uns 12 quilos, mas não dispara balas e nem outro tipo de objeto.
Segundo Nivaldo César Restivo, secretário da Administração Penitenciária do estado de São Paulo, para colocar a ferramenta para trabalhar basta apontá-la para o céu.
Neste momento, ela passa a procurar por drones e, quando encontra algum, passa o recado para a central de monitoramento que, a partir deste momento, aciona o sistema antidrone, que combina detecção de frequências e ondas de rádios, áudio e sensor óptico.
De acordo com Nivaldo, o dispositivo antidrone é poderoso e, ao emitir uma frequência, interrompe a comunicação entre o equipamento clandestino e o criminoso que estava no controle.
Com isso, quem passa a comandar o equipamento é o agente, que pode, por exemplo, mantê-lo voando até que a bateria acabe e ele caia e seja destruído, ou determinar o pouso perto dos agentes. Uma outra alternativa é usar o equipamento para localizar o criminoso.
“Ele pode acionar uma função que faz com que o drone volte-se ao local de onde saiu, e aí a gente consegue prender o operador do drone também”, explica secretário da Administração Penitenciária.
Drones em São Paulo
Ainda conforme o secretário, os drones chegaram nos presídios de São Paulo em 2019. Durante a pandemia da Covid-19, como passou a ser mais complicado passar com drogas e celulares pelo portão principal dos presídios, visto que nem visitas poderiam ocorrer, os bandidos passaram a utilizar ainda mais a tecnologia.
Prova disso é que, em 2019, 17 drones foram vistos sobrevoando penitenciárias do estado. Já no ano passado, foram 158. Destes equipamentos, nove foram interceptados.
Agora, com as quatro primeiras armas antidrones, que tiveram o custo de R$ 2,8 milhões, a expectativa é que este número de interceptações passe a ser muito maior.
No Brasil, as armas antidrones são novidades, diferentemente do que ocorre em países como os Estados Unidos, que utiliza os equipamentos em presídios e aeroportos, por exemplo. Outro país que está aderindo à tecnologia é a França, que pretende usar a arma para prevenir ações terroristas nas Olimpíadas de 2024.
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