Nesta quarta-feira (26), após observar o aumento nas infecções causadas pelo novo coronavírus, o governo do estado de São Paulo anunciou a abertura de 700 leitos para pacientes com Covid-19 em hospitais.
Depois da chegada da variante Ômicron, São Paulo voltou a beirar 70% de ocupação de leitos em hospitais. O índice é parecido com aqueles registrados durante o meio de 2021.
Segundo o governador João Doria (PSDB), o foco inicial será na abertura de 434 leitos de enfermaria em hospitais da rede pública de todas as regiões do estado. Também serão abertos 266 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
“O foco está nos leitos de enfermaria, já que por conta dos elevados índices de vacinação, não temos tido um agravamento da doença, então os leitos primários são os mais importantes neste momento.”, disse João Doria em entrevista coletiva nesta quarta.
Hoje, cerca de 11 mil pacientes com Covid-19 estão internados em hospitais paulistas, sendo 3.633 em UTIs e 7.342 em enfermarias, o que representa ocupação de 68,2% de leitos de alta complexidade e 67,4% em relação aos leitos de baixa complexidade. É a taxa de ocupação mais alta desde o começo de julho de 2021.
Número de leitos em hospitais de São Paulo hoje é muito menor do que no pico da pandemia
Apesar dos números estarem subindo, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirma que a situação atual é diferente daquela vivida no ano passado. Isso porque, atualmente, o estado conta com 4.900 leitos de UTI, enquanto no pico da pandemia, em junho de 2021, o número chegou a 14 mil.
“No pico da nossa segunda onda, tivemos 13,1 mil pessoas internadas somente nas UTIs. O que observamos é o aumento nas novas internações, especialmente nas últimas semanas. Houve um incremento de 33,4% neste número de pacientes internados, tanto em enfermarias, principalmente, como nas UTIs”, afirmou o secretário.
Gorinchtyen disse que o número de leitos será aumentado nos 645 municípios do estado. Para a manutenção dos leitos, São Paulo pedirá ajuda financeira ao Ministério da Saúde, segundo o secretário-executivo da Saúde, Eduardo Ribeiro.
“A partir de 1º de janeiro, o Ministério da Saúde só paga leito ocupado, e essa é uma medida que desestimula estados e municípios a manterem leitos disponíveis para fazer frente a situações como essas”, argumentou Ribeiro.