Setor varejista dos EUA sobe em junho e surpreende economistas

As vendas do varejo dos Estados Unidos encerraram junho com um crescimento inesperado. A saber, o setor registrou alta de 0,6% na comparação com maio. No entanto, economistas projetavam queda de 0,4% no mês. O Departamento do Comércio dos EUA divulgou os dados nesta sexta-feira (16).

Em resumo, a queda era esperada devido a alguns motivos, como a escassez de veículos e o direcionamento dos gastos para o setor de serviços. Contudo, a demanda por bens continuou expressiva e junho e impulsionou as vendas do varejo no mês.

Com o ótimo e inesperado resultado, o otimismo em relação ao crescimento do segundo trimestre se fortaleceu. Agora, o mercado acabou elevando as expectativas com o desempenho econômico dos EUA entre abril e junho, cuja divulgação deve ocorrer em algumas semanas.

Por outro lado, vale ressaltar a revisão dos dados de maio. A propósito, as vendas do varejo no mês caíram 1,7%, em vez de 1,3% como divulgado anteriormente. Em suma, o que mais afetou o resultado em maio, fazendo economistas também projetarem queda em junho, foi a redução mundial na oferta de semicondutores. Isso vem prejudicando a produção e a venda de automóveis, resultando na desaceleração da retomada econômica no mundo.

Escassez de semicondutores afeta outros segmentos do varejo

Além dos veículos, o aperto da oferta de semicondutores acaba enfraquecendo as vendas de outros segmentos do varejo. Por exemplo, a comercialização de alguns eletrodomésticos que também utilizam tais chips sofreu forte tombo no mês. Na verdade, a situação limita as vendas porque os estoques seguem igualmente limitados.

A saber, a pandemia da Covid-19 tem participação fundamental aqui. Em síntese, a crise sanitária modificou diversos hábitos do ser humano, como o crescimento do trabalho remoto e a redução do uso de transportes públicos. Quem tem condições financeiras, prefere comprar um carro a utilizar o transporte público. E a mudanças nessas condições aumentou a demanda por bens como eletrônicos e veículos, mas a oferta não cresceu no mesmo ritmo.

Por fim, é importante destacar que a vacinação nos EUA segue em ritmo muito forte, com mais de 160 milhões de pessoas totalmente imunizadas. Agora, os norte-americanos estão voltando a gastar mais com viagens e entretenimentos. Por isso, o setor de serviços tende a crescer nos próximos meses, enquanto o varejo deverá ter um desempenho menos expressivo. Resta aguardar e torcer por mais resultados inesperados.

Leia Mais: Monitor do PIB brasileiro avança 1,8% em maio, aponta FGV

Ruan Samarone

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