Setor de serviços tem queda de 1,2% em outubro, diz IBGE

volume de serviços no país caiu 1,2% em outubro deste ano na comparação com o mês anterior. Este é o segundo decréscimo consecutivo do indicador, período em que acumula retração de 1,9%. No entanto, o setor segue acima do nível registrado em fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19.

“Essa perda não elimina o ganho de 6,2% observado no período abril-agosto, mas reduz o distanciamento em relação ao nível pré-pandemia. Em agosto, o setor estava 4,1% acima do patamar de fevereiro de 2020, passando para 3,3% em setembro e 2,1% agora em outubro”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Além disso, apesar do resultado negativo em outubro, os serviços ainda acumulam um crescimento expressivo de 11,0% em 2021. Já em 12 meses, o avanço é um pouco menor, de 8,2%. Da mesma forma, o setor também avançou na comparação com outubro de 2020 (+7,5%), oitava taxa positiva consecutiva após 14 meses de queda.

Em contrapartida, a média móvel trimestral recuou 0,5% em relação ao trimestre móvel encerrado em setembro. A taxa vinha registrando avanços nessa base comparativa desde junho de 2020.

A propósito, os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta terça-feira (14).

Quatro das cinco atividades de serviços caem no mês

De acordo com o IBGE, quatro das cinco atividades pesquisadas do setor de serviços registraram decréscimo em suas taxas em outubro, assim como no mês anterior. A saber, o único avanço veio maior uma vez dos serviços prestados às famílias. A alta de 2,7% é o sétimo mês consecutivo de ganhos.

Os outros quatro grupos caíram no mês: outros serviços (-6,7%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,8%), serviços de informação e comunicação (-1,6%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%).

“O segmento que mostrou o principal impacto negativo foi o de telecomunicações. Essa queda é explicada pelo reajuste nas tarifas de telefonia fixa, que avançaram 7,33% nesse mês. Essa pressão vinda dos preços, acabou impactando o indicador de volume do subsetor”, explicou Lobo.

Por fim, o IBGE informou que, mais uma vez, apenas os serviços prestados às famílias tiveram resultados positivos na média móvel trimestral (+2,8%). Em contrapartida, as outras atividades caíram: outros serviços (-3,5%), profissionais, administrativos e complementares (-1,1%), transportes (-0,%) e informação e comunicação (-0,4%).

Leia Mais: Volume de vendas de Natal deve cair em 2021, estima CNC

Ruan Samarone

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