Sergio Moro (Podemos) foi um dos que criticaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) por conta de sua viagem para a Rússia em meio ao aumento da tensão sobre um possível ataque do país europeu à sua vizinha Ucrânia. No Twitter, na manhã desta segunda-feira (14), o ex-juiz federal chamou Bolsonaro de “trapalhão”. Segundo Sergio Moro, o chefe do Executivo estará “no lugar errado e na hora errada”.
“Bolsonaro tem a incrível capacidade de estar no lugar errado e na hora errada”, começou o ex-ministro, completando que a “inexplicável ida de Bolsonaro à Rússia neste momento nos antagoniza com todo o Ocidente e é mais um constrangimento para a diplomacia brasileira”.
A viagem do chefe do Executivo brasileiro aconteceu nesta segunda, quando ele embarcou para a capital da Rússia, Moscou, para se encontrar com o presidente do país, Vladimir Putin, e também com empresários e líderes locais.
Conforme vem publicando o Brasil123 nos últimos dias, autoridades, sobretudo americanas, alertaram para o risco iminente de um ataque da Rússia à Ucrânia. Segundo o serviço de inteligência dos Estados Unidos, o ataque pode acontecer até o encerramento das Olimpíadas de Inverno, no dia 20 deste mês.
Por conta disso, Bolsonaro foi aconselhado a adiar ou até mesmo cancelar sua viagem para a Rússia, visto que, além da tensão, a ida do presidente pode causar um desconforto com países como os Estados Unidos, importante parceiro do Brasil e “rival” da Rússia.
Bolsonaro vai à Rússia encontrar com o presidente do país, Vladimir Putin. (Imagem: CNN)No entanto, apesar dos alertas, Bolsonaro bateu o pé e decidiu que iria manter sua programação. Com isso, o presidente deverá ficar até a próxima quinta-feira (17) em Moscou e, de lá, ir para a Hungria, onde encontrará o primeiro-ministro do país, Viktor Orbán.
De acordo com o planejamento divulgado pelo Itamaraty, Bolsonaro deverá se reunir com o presidente da Rússia pelo menos duas vezes. O primeiro encontro acontecerá assim que ele chegar no país, onde será recebido pelo chefe do Executivo local e deverá ter uma breve conversa.
Depois disso, deverá acontecer um almoço no Kremlin, sede do governo russo, onde Bolsonaro e outros membros da delegação brasileira irão se reunir com integrantes do governo da Rússia, o que inclui Vladimir Putin.
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