Um grupo de senadores quer discutir a volta da “política de valorização do salário mínimo”. De acordo com eles, o Brasil precisaria voltar a pagar através do aumento real desse salário para os cidadãos brasileiros.
Pelo menos foi isso o que disse o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul. De acordo com ele, o salário mínimo seria a melhor forma de se distribuir renda. Ele apresentou dados que afirmam que esse salário atinge cerca de 49 milhões de brasileiros.
Em uma conta simples, é possível entender que esse dinheiro atinge cerca 100 milhões de pessoas de forma direta ou indireta. “Em programas sociais, aumentar a renda das camadas mais pobres leva ao aumento de produção e de consumo, melhorando, inclusive, a qualidade de vida”, disse Paim.
“Hoje 49 milhões recebem o mínimo, que atinge mais 100 milhões de pessoas. O país tem que valorizar o salário-mínimo. O Congresso tem que retomar esse assunto”, completou o senador que criticou duramente a política de valorização do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Atualmente o salário mínimo é de R$1.045 e de acordo com a projeção do governo ele passaria a ser de R$1.067 em 2021. Ou seja, seria o segundo ano seguido sem uma valorização real do salário mínimo para os brasileiros.
Salário mínimo
Mas o problema parece ser ainda maior. De acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor ideal para o salário mínimo em setembro seria R$4.892,75. Ou seja, muito acima do valor atual.
O Dieese considerou esse valor para uma família de quatro pessoas com dois adultos e duas crianças. Considerou ainda que o valor da cesta básica vem aumentando no Brasil nos últimos meses, especialmente por causa dos preços do arroz e da carne.