Bolsonaro diz que eleição de 2022 não será confiável

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou, nesta quarta-feira (11), sobre a derrota da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, rejeitada e arquivada na Câmara dos Deputados na terça-feira (10). Junto de seus apoiadores, o chefe do Executivo afirmou, novamente sem provas, que, com a manutenção das urnas eletrônicas, a eleição de 2022 não será confiável.

Assim como publicou o Brasil123, dos 513 deputados, 229 votaram a favor e 218 contra o voto impresso – 65 se abstiveram ou se ausentaram. O número em questão não foi o suficiente para aprovar o projeto que, por se tratar de uma emenda à Constituição, precisava de, no mínimo, 308 votos.

Ao comentar sobre o resultado, Bolsonaro, no mínimo, pode ter se confundido. Isso porque o presidente afirmou que metade da Câmara foi a favor do voto impresso, o que não é verdade.

“Números redondos, 450 deputados votaram ontem, foi dividido. 229, 218, dividido. Então é sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acredita que o resultado no final ali seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL que para eles é melhor o voto eletrônico como está aí”, disse Bolsonaro.

Em outro momento, Bolsonaro disse que muitos votaram contra a medida por pressão. “Desses outros que, tirando esses partidos de esquerda que votaram contra, muita gente votou preocupada. Foram realmente problemas”, começou o presidente.

Segundo ele, alguns outros resolveram votar com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso. “Os que se abstiveram, numa votação online, abstenção é muito difícil acontecer. Não é que votou abstenção, é não votou. Então é sinal que também ficaram preocupados com retaliações”, opinou o chefe do Executivo. 

Com as insinuações de que as eleições de 2022 não serão seguras, Bolsonaro volta a atacar o sistema eleitoral atual e demonstrar que não aceitou o resultado do Plenário, tendo quebrado, assim, uma promessa que fez ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

“Se não passar, há um compromisso do presidente da República – e isso ficou claro – de que cumprirá, de que aceitará o resultado do plenário da Câmara dos Deputados. É isso que eu espero”, afirmou Lira na terça (10) ao dizer que Bolsonaro havia lhe garantido que respeitaria a decisão da Câmara e encerraria o assunto se o voto impresso fosse derrotado.

Leia também: Rodrigo Pacheco sobre o desfile militar: “ninguém intimidará o Congresso”

Amanda B

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  • Presidente dá um basta nisso. O sistema político não lhe quer, mas, quem elege os político é o povo. Caso seja algo mirabolante, o povo vai as ruas pedir a auditoria de todo sistema que todos nós sabem com é... calma. Talvez, o Vitória do povo já seja em primeiro turno com senhor representando o Brasil

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