O Ministério da Saúde informou à CPI da Covid que não deve utilizar a CoronaVac na campanha de vacinação contra a Covid-19 em 2022 por conta da “baixa efetividade” do imunizante em idosos acima de 80 anos. A informação foi dada em resposta aos questionamentos levantados pelo colegiado.
“Além do fato de estudos demonstrarem a baixa efetividade do imunizante em população acima de 80 anos; discussões na Câmara Técnica que não indicaram tal imunizante como dose de Reforço ou Adiciona l- conforme NT SECOVID, assim, no atual momento, só teria indicação como esquema vacinal primário em indivíduos acima de 18 anos”, diz o documento enviado pelo Ministério da Saúde à CPI nesta quinta (7).
A pasta também argumentou que a CoronaVac exigiria uma terceira dose para garantir a proteção contra o novo coronavírus. “Há estudos em andamento que sinalizam que mesmo usando em esquema vacinal primário há que se considerar uma terceira dose.”, diz o documento.
Além disso, o ministério repetiu o mesmo argumento usado por Marcelo Queiroga para justificar a exclusão da CoronaVac do PNI (Programa Nacional de Imunizações).
“A razão sobre a possível descontinuidade da vacina CoronaVac no ano de 2022 está diretamente relacionada com a condição de sua avaliação pela Anvisa”. Isso porque o imunizante não tem autorização definitiva por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e conta apenas com a aprovação para uso emergencial.
Butantan rebate críticas da Saúde à CoronaVac
O Instituto Butantan, responsável pela fabricação da CoronaVac no Brasil, emitiu uma nota para rebater as colocações feitas pelo Ministério da Saúde. De acordo com o instituto, a CoronaVac “tem sua efetividade comprovada em pessoas acima de 80 anos em estudos que estão sendo divulgados frequentemente em publicações de relevância internacional”.
“A informação [repassada pelo Ministério da Saúde] é equivocada, já que todas as pessoas idosas tem resposta imune inferior a outras faixas etárias, o que ocorre com todos os imunizante”, argumentou o Instituto Butantan.