Samantha Schmütz desabafou nas redes sociais, nesta sexta-feira (30), após o incêndio no galpão da Cinemateca de São Paulo. A tragédia na sede, localizada na Vila Leopoldina, zona oeste da cidade, comprometeu mais de 500 obras do cinema brasileiro, além de equipamentos, roteiros e documentos históricos.
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No Instagram, a atriz da TV Globo, repudiou especialmente os famosos que não se mobilizaram para defender a arte do país: “Cara, é muito triste o que está acontecendo com o nosso cinema, com a nossa cultura. Fico pensando que as pessoas, os artistas que apoiam esse governo, que ajudaram a eleger esse governo, que fazem cinema, estão quietas. Essas pessoas, que usurpam da arte para fazer somente coisas periféricas, usam da arte somente para fazer publis, capas, presenças, eventos, mas não estão nem aí para o cinema nacional…Essas pessoas deveriam ter vergonha na cara e nunca mais pisar em um set de filmagens, nem para fazer figuração, que fosse”.
“Cadê as beldades que estavam em Cannes desfilando seus colares? Atrizes, modelos, cadê, gente? Vocês, lindas, que foram para Cannes? Vocês tem milhões de seguidores, são maravilhosas. Vão para lá, desfilam vestidos de marca. Pessoas vão para Cannes representar o cinema brasileiro, mas nunca venderam uma po**a de um ingresso. Vamos acordar, está tudo errado! Parem, acordem! Parem de pensar só no seu umbigo e em sua conta bancária”, esbraveja a atriz.
A atriz ainda diz que, ao invés de estarem em Cannes, esses famosos deveriam estar em cana, ou seja, presos, e finaliza: “É isso o que eu acho. Presos por omissão, por colaborar e serem coniventes com a destruição, com o sucateamento da nossa profissão”.
Entenda a tragédia da Cinemateca
O galpão da Cinemateca, localizada na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, foi atingido por um grande incêndio na última quinta-feira (29), às 18h. O Corpo de Bombeiros, em nota, diz que o principal prédio não foi atingido.
Maria Dora Mourão, diretora-executiva da Sociedade Amigos da Cinemateca, diz que a tragédia já era anunciada, afinal a associação alertou para o perigo de incêndio em abril deste ano. O prédio era o único que ainda estava em uso.
Ainda não se sabe o tamanho da gravidade do incêndio.
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