Rússia vai prender quem espalhar ‘fake news’ sobre as forças armadas do país

O parlamento russo aprovou nesta sexta-feira (04) uma lei que tem como objetivo prender aqueles que espalhem “fake news” sobre as forças armadas. Para o governo do país, a Rússia está sofrendo pelo que eles chamam de “guerra de informação sobre o conflito na Ucrânia”.

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Para aprovar a lei, o parlamento justificou que países “inimigos da Rússia” como os Estados Unidos e seus aliados estão espalhando notícias falsas com o intuito de “semear a discórdia e dividir seu povo”.

Em nota, o parlamento da Rússia afirmou que “se as fake news levarem a consequências sérias, a prisão poderá ser de até 15 anos”. Segundo a norma, o governo russo poderá punir de forma dura aquelas pessoas que não acreditam nas forças armadas do país liderado pelo presidente Vladimir Putin.

A aprovação da lei acontece em meio à bloqueios de sites de várias organizações de notícias estrangeiras na Rússia, incluindo a BBC, do Reino Unido, e a Deutsche Welle, da Alemanha. O motivo é simples: esses portais estão relatando a guerra na Ucrânia sob uma perspectiva diferente da correta, segundo as autoridades da Rússia.

Isso porque, para o governo russo, os relatos e reportagens sobre a guerra são falsos e mostram uma visão parcial, enviesada e anti-rússia da mídia ocidental. Desde que os confrontos começaram, em nenhum momento Vladimir Putin usou a palavra guerra.

Para ele, os bombardeios às escolas, prédios residências e invasão por todo o território ucraniano fazem parte de uma simples “operação especial”. Segundo o chefe do Executivo russo, inclusive, a ação tem corrido como o planejado.

BBC fora da Rússia

Após o bloqueio e sanção da nova lei, a rede de televisão britânica BBC anunciou nesta sexta que suspendeu suas operações na Rússia. De acordo com a emissora, as notícias sobre a guerra na Ucrânia continuarão sendo feitas, mas de outras partes do mundo.

“Nossos jornalistas na Ucrânia e ao redor do mundo continuarão a reportar sobre a invasão à Ucrânia”, disse o diretor-geral da BBC, Tim Davie. O veículo declarou que seu conteúdo em russo será mantido para quem está fora do país.

Leia também: Pesquisador diz que Rússia pode ser destruída caso promova ataque nuclear a países da Otan

Alisson Ficher

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