Rotativo do cartão de crédito: porque taxa voltou à mira do governo?

O governo vem tratando com certa prioridade os assuntos que falam da taxa do rotativo do cartão de crédito. Isso porque há a intenção de limitar os juros dessa modalidade, que hoje é a maior taxa de juros do país. Dessa forma, bancos e clientes aguardam uma finalização do assunto, que pode terminar, inclusive, com o encerramento da modalidade.

Isso porque existe um motivo bastante relevante para que o governo acabe com a modalidade. Contudo, especialistas dizem que o produto substituto pode ser igualmente problemático.

Prioridade do governo

O Governo Federal vem dando prioridade em acabar, ou resolver, o juros abusivos do rotativo do cartão de crédito. Atualmente, algumas instituições chegam a cobrar mais de 1.000% ao ano dos clientes, segundo dados do Banco Central. Por isso, especialistas não descartam o fim da modalidade, com um substituto que também tem juros altos.

A modalidade de empréstimo é acionada assim que o cliente esquece ou deixa de pagar a fatura do cartão de crédito. Após dois meses de inadimplência, a modalidade troca para os juros do parcelado do cartão de crédito, que cobra uma taxa menor. Por conta dos altos juros da modalidade, o rotativo costuma deixar os clientes superendividados, situação em que o cidadão já não tem mais condições de pagar as contas, por conta do montante devido.

Com a nova regra, o Banco Central propôs acabar com o rotativo do cartão de crédito, transferindo a dívida diretamente para o parcelado do cartão de crédito. Com isso, o consumidor deixaria de pagar 437% ao ano para pagar 181% ao ano. Especialistas reiteram que a taxa ainda é extremamente alta e a medida pode não diminuir a inadimplência do produto. No rotativo, 49,1% das pessoas não pagam a dívida.

Pessoas não pagam o rotativo

Os dados do Banco Central são decisivos após a análise. Isso porque cerca de 50% das pessoas que entram nessa modalidade acabam entrando para a lista de inadimplência por falta de pagamento dessas despesas. Por isso, especialistas dizem que a situação é insustentável.

Diante disso, o Banco Central disse que estuda o fim do rotativo do cartão de crédito. Em troca, os valores devidos seriam destinados ao parcelado do cartão de crédito. Atualmente, essa modalidade tem uma taxa de 9% ao mês, aproximadamente 181% ao ano, abaixo do rotativo.

Apesar disso, analistas dizem que a troca, por si só, não adiantaria. Para melhorar a situação dos brasileiros, o ideal seria aprimorar a educação financeira dos clientes e melhorar as condições de renegociação dessas dívidas.

Pedro Hostyn

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